China injeta US$ 7,36 bilhões em empréstimos aos seus suinocultores

Publicado em 19/03/2020 17:23 e atualizado em 20/03/2020 04:43

Beijing, 20 mar (Xinhua) -- A China elevará seu apoio financeiro para garantir a produção de porcos e o fornecimento de carne suína, disse o Ministério das Finanças na quinta-feira.

Até o fim de janeiro, as instituições financeiras da China de todos os níveis concederam 52,14 bilhões de yuans (US$ 7,36 bilhões) em empréstimos subsidiados aos suinocultores para ajudá-los a lidar com as tensões de capital, disse Jiang Dayu, um funcionário do ministério, em uma coletiva de imprensa.

Desde o ano passado, o país implementou uma série de políticas para lidar com a peste suína africana, que estão revertendo a tendência de declínio da produção de porcos e salvaguardando a ampla oferta, disse Jiang.

Em 2019, as despesas adicionais para subsidiar o seguro para suínos totalizaram 2 bilhões de yuans, com 412 milhões de suínos assegurados, disse ele, observando que o país compensou 7,9 milhões de agricultores com 14,4 bilhões de yuans no ano passado.

Para aliviar o impacto acumulado da epidemia, o ministério destinar 3 bilhões de yuans para recompensar os principais distritos produtores de suínos e apoiar sua produção e transporte de suínos, disse Jiang, acrescentando que esforços serão feitos para fortificar a prevenção e controle da doença.

A China reduzirá as taxas de garantia dos programas de garantia de empréstimos agrícolas de acordo com as circunstâncias locais e reduzirá pela metade as taxas de regarantia para agências de nível provincial. O apoio especial também será canalizado para grandes empresas em setores como produção de forragem, produção pecuária e de aves e setor de abate para garantir a oferta de material chave, disse Jiang.

Setor pecuário da China retoma negócios; 83% das granjas voltam ao trabalho 

Beijing, 20 mar (Xinhua) -- Os setores de produtos pecuários e abates da China basicamente retomaram o trabalho e a produção, pois a contenção do surto da COVID-19 está melhorando no país, de acordo com o ministério da agricultura do país.

Na segunda-feira, 87% dos 9.711 produtores qualificados de ração haviam retomado a operação, e a produção de ração teve um crescimento de 2% nos primeiros dois meses ante o mesmo período do ano passado, disse Wei Hongyang, funcionário do Ministério da Agricultura e dos Assuntos Rurais, numa coletiva de imprensa na quinta-feira.

A indústria de abate também informou uma taxa de retomada do trabalho de 87% entre as empresas de abate de porcos, enquanto 83% dos matadouros de aves em 16 regiões provinciais voltaram ao trabalho, disse Wei.

Cerca de 85% das empresas relacionadas a medicamentos veterinários haviam retomado a produção até segunda-feira, enquanto todos os fabricantes de vacinas para a gripe aviária altamente patogênica e a febre aftosa estão operando, de acordo com Wei.

O ministério vem ajudando os mercados de comércio de aves vivas a retomarem operações de forma ordenada e a promoverem vendas nas áreas com dificuldade, que fizeram progressos sólidos, acrescentou Wei.

China destina 20 mil toneladas de carne suína a áreas afetadas pela COVID-19

Beijing, 20 mar (Xinhua) -- A China destinou 20 mil toneladas de carne suína das reservas de emergência às regiões mais afetadas pela doença do novo coronavírus (COVID-19), incluindo Wuhan e outras cidades da Província de Hubei, para manter estáveis os preços desse alimento, informou quinta-feira um funcionário.

Duas mil toneladas de carne de porco foram transferidas para reservas locais de Wuhan, disse Peng Shaozong, funcionário da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, em uma entrevista coletiva.

Essa medida, junto com as seis rodadas de liberação de carne de porco congelada das reservas centrais depois do feriado do Ano Novo Lunar chinês e outra programada para esta semana, ajudará a estabilizar as expectativas do mercado e a garantir a oferta da carne básica do consumo chinês, segundo Peng.

Os preços da carne suína se contraíram após atingirem máximas recentes devido aos maiores esforços para diminuir o impacto do surto da COVID-19, disse Peng, citando as quedas nos preços em supermercados monitorados pela comissão.

Peng disse que os preços da carne de porco continuarão a se moderar com a recuperação da produção e que os preços ao consumidor tendem a se manter dentro de um nível razoável neste ano.

No Brasil, menor oferta de carne sauína impulsiona preço; Frango ainda mantem preços estáveis

Mesmo que em menores patamares, o mercado de suíno vivo segue tendo valorizações, Segundo o Cepea/Esalq, as elevações nos preços do suíno estão atreladas à oferta restrita de animais pesados e ao elevado preço dos insumos, que impulsionam as cotações do vivo.

Segundo a scot Consultoria, em São Paulo, a arroba do suíno CIF permaneceu com preço estável de R$ 110/R$ 112, assim como o quilo da carcaça especial, que fechou esta quinta-feira (19) em R$ 8,80/R$ 9.

As informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (18) mostram estabilidade nos preços do suíno vivo em Minas Gerais, com valor de R$ 5,89/kg, e no Rio Grande do Sul, R$ 5,31/kg. 

Tiveram valorizações em proporções semelhantes o Paraná, com 0,18%, chegando a R$ 5,60/kg, 0,18% em Santa Catarina, com o animal vivo cotado em R$ 5,46/kg, e 0,17% em São Paulo, cravando R$ 5,90/kg. 

Frango: dia de cotações mistas no mercado

A quinta-feira (19) foi de cotações mistas para o mercado de frango. Segundo a analista de mercado da Scot Consultoria, Juliana Pila, o mercado está incerto no momento, em função da pandemia do Covid-19, mas em São Paulo, a empresa notou queda nas cotações da ave nos últimos dias, com o fator dificultador para o avicultor que são os custos de produção com valores altos.

De acordo com a Scot, nesta quinta-feira, em São Paulo, a ave de granja permaneceu com preço estável em R$ 3,23 o quilo, enquanto o frango no atacado teve valorização de 0,46%, chegando a R$ 4,37 o quilo. 

Também houve estabilidade para o setor de frango vivo, e a ave no Paraná ficou cotada em R$ 3,22 o quilo, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral).

Segundo dados do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (18), o preço da ave resfriada caiu 0,81%, chegando a R$ 4,88/kg, enquanto o frango resfriado teve desvalorização de 0,61%, cravando R$ 4,87/kg. 

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Fonte: Xinhua / Notícias Agrícolas

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