Carnes: Aproveitamento da Cota Hilton exige maiores vendas para UE
O aproveitamento da nova cota Hilton pelo Brasil exigirá um aumento de 715% das exportações para a União Européia.
O cálculo é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária -IMEA, em
boletim semanal divulgado hoje (10).
Os técnicos lembram que a cota Hilton foi criada com o intuito de minimizar as distorções geradas pela sobretaxação da carne brasileira exportada para a União Europeia (UE) e que até pouco tempo estabelecia o direito de o Brasil exportar 5 mil toneladas de carne com uma taxa de importação de 20%. Com a entrada de Romênia e Bulgária na comunidade europeia, a cota do Brasil dobrou e neste ano-cota, iniciado dia 01 de julho, o Brasil terá o direito de exportar 10 mil toneladas.
A notícia é animadora, mas ainda temos muito trabalho, avalia o IMEA. Destaca que as reviravoltas sofridas pelo Sisbov dificultaram o ingresso de novas propriedades na exportação, o que resultou no uso de apenas 25% do volume possível no ano-cota passado (2008/2009).
No primeiro semestre desse ano, as exportações para a União Europeia registraram considerável queda comparada com o 1 semestre dos três últimos anos. Neste ano, foram exportados 4,08 milhões de quilos, decréscimo de 65,62% em relação ao ano anterior. A principal queda foi entre 2007 e 2008, quando a União Européia passou a exigir que o Mapa fizesse a auditoria das propriedades habilitadas para exportar para o bloco.
Com isso, houve uma grande queda em volume (74,37%) e em valor. Hoje, Mato Grosso tem pouco mais de 200 propriedades habilitadas para exportar para o bloco, o que mostra a razão de o Brasil ter conseguido cumprir em apenas 25% a cota Hilton, avalia o boletim divulgado nessa segunda-feira.