Exportação de carne bovina: JBS, Marfrig e Cargill têm maior fatia da cota Hilton na Argentina

Publicado em 20/04/2010 09:27
As maiores fatias da cota argentina de exportação de carne bovina tipo premium com tarifa especial para a União Europeia (UE) foram abocanhadas pelos grupos frigoríficos brasileiros JBS (Swift, ColCar e Consignaciones Rurales) e Marfrig (Quickfood, AB&P, Estancias del Sur e Best Beef) e pela indústria norte-americana Cargill (Finexcor e Friar). O JBS-Friboi, maior produtor de carne bovina do mundo, ganhou permissão para embarcar 3 mil toneladas dentro da cota Hilton até 30 de junho, de acordo com informações do Diário Oficial da Argentina. O Marfrig poderá exportar um pouco mais: 3 122 toneladas. O terceiro lugar ficou para a Cargill, com 2.984 toneladas.

A distribuição das 28 mil toneladas a que a Argentina tem direito na cota Hilton foi realizada na última sexta-feira. Segundo informações do organismo que regula o comércio agropecuário da Argentina, Oncca, no atual período, iniciado em julho de 2009 e que termina em junho próximo, JBS, Marfrig e Cargill receberam autorização para exportar 9.106 toneladas. O volume representa 32,5% da cota anual do país.

No período anterior, de julho de 2008 a junho de 2009, os três grupos ficaram com um volume menor que o atual, mas também concentraram a maior parte das permissões de embarque: 8.669,3 toneladas. Na comparação entre os dois períodos, o JBS ficou com volume 34% superior ao ciclo anterior, de 2.239,13 toneladas, enquanto que o Marfrig perdeu quase 17%, já que exportou 3.755,46 toneladas. Cargill se manteve praticamente estável.

A Argentina é o terceiro maior país produtor de carne bovina do mundo, e o primeiro em consumo per capita, com cerca de 60 quilos anuais. O país possui aproximadamente 50% da cota total de 58 mil toneladas que foi dividida entre Brasil, Canadá, Estados Unidos, Paraguai, Uruguai, Nova Zelândia e Austrália.

Crédito rural

Produtores e pequenas e médias agroindústrias da Argentina podem se beneficiar de acordo assinado ontem entre a Corporação Financeira Internacional (IFC) e o Banco Patagonia, que visa a facilitar o acesso à liberação de crédito.

A instituição do Banco Mundial para o setor privado concedeu um empréstimo de longo prazo no valor de US$ 30 milhões ao banco argentino para estimular o financiamento ao setor rural.

Atualmente, mais de 80% do crédito oferecido pelos bancos na Argentina tem prazo de pagamento inferior a 90 dias. O empréstimo do IFC ao Patagonia tem prazo de cinco anos.

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Fonte: DCI

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