Carne: Ministro da Agricultura inicia reunião para ampliar venda à UE

Publicado em 12/07/2010 07:20 e atualizado em 12/07/2010 10:52
Wagner Rossi, ministro da Agricultura, reúne-se nesta segunda-feira(12) com dirigentes da União Europeia (UE) para o Comércio de Bovinos e de Carne. A missão, que também conta com os secretários de Relações Internacionais, Célio Porto, e de Defesa Agropecuária, Francisco Jardim, tem uma meta ambiciosa: tentar flexibilizar as normas impostas pelo bloco para a exportação de carne e ampliar a aceitação da UE em relação a níveis mínimos de tolerância de contaminação de transgênicos.

Além disso, o ministro deve formalizar um convite para a visita dos comissários ao Brasil. Ele quer estender o convite a missões das áreas de saúde e defesa do parlamento europeu, que viriam para obter mais informações sobre a produção pecuária nacional. Estão em destaque programas de monitoramento, como o Boi Guardião, e outros considerados inovadores na busca de proteção ao meio ambiente.

"Os temas são muito importantes e queremos avançar nessa agenda, mas não sabemos o nível de avanço possível", disse. "Negociações internacionais não se fazem apenas em um ato. É preciso uma peça inteira de muitos atos", acrescentou.

Para o ministro, as regras de rastreabilidade para o Brasil são extremamente restritivas. "No passado, havia alguma razão para isso, mas agora deixaram de ser razoáveis", comentou.

Com a flexibilização, a expectativa é de que o Brasil consiga cumprir a Cota Hilton de cortes nobres. Dentro da cota, os cortes bovinos pagam tarifa de 20%. Fora dela, o imposto é de 12,8%, mas os exportadores pagam mais 3.041 euros por tonelada. A fatia do Brasil na cota é de 10 mil toneladas, mas, desde julho de 2009, só conseguiu exportar 10% do total. "O Brasil não consegue cumprir as especificações que impuseram", disse o ministro. O setor produtivo está otimista em relação aos resultados da viagem porque é a primeira vez em que um ministro trata do caso pessoalmente.

Rossi pressionará também a União Europeia a ampliar sua aceitação de níveis mínimos de tolerância de contaminação de organismos geneticamente modificados, os transgênicos. Atualmente, essa tolerância é nenhuma (zero) nos produtos exportados ao bloco, e o que o Brasil pleiteará é um intervalo de 0,1% a 0,2% de contaminação. "Há certa sensibilidade para isso ser ampliado", disse.

O ministro tratará do caso da Diretiva 61, que exige uma lista prévia de propriedades habilitadas a fornecer gado de abate. O Brasil vai propor que a relação de fazendas passe a ser administrada pelo Ministério da Agricultura, não pela UE.

Tags:

Fonte: DCI

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Abiec diz que lançamento do Protocolo do Cerrado reforça meta da entidade de fomentar monitoramento na compra de gado no Brasil
Primeiro trimestre registrou expressivo crescimento nas exportações brasileiras de peixe de cultivo
Mapa publica portaria para o processamento de produtos de origem animal de acordo com preceitos religiosos
Brasil regula abate e processamento de animais para mercado religioso
Lula e Fávaro destacam ampliação das oportunidades do Brasil no comércio exterior