Importadores europeus competem por oferta de carne

Publicado em 22/10/2010 09:04
Desde que a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) prognosticou que, no futuro, os preços da carne bovina seriam mais caros que os do caviar, pelo crescimento da demanda e pela queda da oferta, os grandes importadores mundiais desataram uma corrida para garantir esse alimento. Essa loucura por comprar está sendo vivida na Feira SIAL, em Paris, que termina nessa semana.

"Há uma forte demanda, mas a indústria uruguaia tem um pouco de medo de concretizar negócios pela falta de oferta", disse o vice-presidente do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), Fernando Pérez Abella.

A indústria frigorífica uruguaia (20 empresas) e os brokers que habitualmente fazem negócios com importadores do mercado europeu, estão todos em Paris. "Há uma demanda tremenda por carne, todos compram frango, cordeiro e carne bovina", disse Abella. Porém, além do interesse na carne, há outros países, como Turquia, que querem garantir o gado. "Os turcos têm muito interesse no gado em pé e estão oferecendo preços exorbitantes como US$ 3,50 em pé. Nós já dissemos que o interesse do Uruguai é vender carne e não gado em pé", disse ele, que garantiu que o stand do INAC está sendo muito visitado por importadores.

As comercializações que mais crescem estão relacionadas ao Mercosul, a principal região do mundo produtora de carne bovina e a que tem maiores possibilidades de abastecer o mercado, porém, apresenta uma grave falta de gado, fato que repercute na falta de oferta global e nos preços locais de venda.

Por outro lado, a delegação uruguaia também visitou, na Irlanda, vários frigoríficos e manteve contato com produtores e industriais para ver o sistema de tipificação de carnes aplicado nesse país. Na Irlanda, a tipificação faz uma leitura que tira foto da meia carcaça e a classifica. A ideia era ver se o Uruguai pode adotar um sistema similar e evitar a famosa discussão pelos rendimentos do gado entre produtores e frigoríficos. "Existe um pré-acordo de preços e ninguém questiona a tipificação pela qualidade da máquina", completou Abella.

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Fonte:
El País

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