Exportações argentinas de carne caem 59% em volume e 42% em receita
Dados de ontem da Senasa (organismo federal que certifica a qualidade da carne no país) mostram que as exportações externas de carnes frescas recuaram para 123 mil toneladas até outubro, 59% menos do que o volume de igual período anterior.
Além da perda de renda e de poder do setor de carnes, a redução nas vendas externas representa grande perda de receitas. Neste ano, o setor de carnes frescas arrecadou apenas US$ 623 milhões, 42% menos do que de janeiro a outubro de 2009.
A soma total das exportações do setor de pecuária -incluindo carnes, leite, produtos processados e couro- recuou para US$ 2,3 bilhões, abaixo dos US$ 2,5 bilhões de 2009.
As perdas não se restringem apenas às carnes, mas o país também perde força no leite, outro produto tradicional nas exportações. Até outubro, as vendas externas do país recuaram para 121 mil toneladas. Já as receitas, devido à alta de 48% no valor da tonelada, subiram 22%.
O Brasil foi importante para o vizinho. Os argentinos venderam 69 mil toneladas de carnes e derivados para o Brasil.
No setor de leite, o Brasil continua sendo importante para a Argentina, mas o país perdeu o posto de principal importador, que foi assumido pela Venezuela.
Neste ano, as compras brasileiras de leite somaram 27 mil toneladas, 25% menos do que em igual período do ano anterior.
Os argentinos perdem espaço também no setor de queijos. As exportações totais do país caíram 16% em volume neste ano, para 35 mil toneladas. Já o Brasil elevou as importações em 27%.