Perdas no RS com embargo russo devem chegar a R$ 72,6 milhões por mês

Publicado em 03/06/2011 15:03
Medida atinge 35 frigoríficos em 25 municípios do Estado.
O embargo russo à carne do Rio Grande do Sul de suínos, bovinos e de aves de 35 frigoríficos, a partir de 15 de junho, representará perda mensal de US$ 46 milhões – R$ 72,6 milhões pela cotação dessa quinta, dia 2. A Rússia alegou razões sanitárias para suspender as importações de Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso – ao todo, são 85 estabelecimentos –, mas o governo avalia que há motivos comerciais por trás da medida.

O maior impacto no Estado atinge os frigoríficos que exportam carne suína. Do total, R$ 62 milhões são referentes à carne suína, que é o principal artigo de exportação do RS para a Rússia – representa 70,99%.

Não é a primeira vez que a Rússia embarga a carne brasileira, mas nunca havia sido abrangente. Segundo o comunicado do governo russo, todas as empresas inspecionadas em abril não cumpriram com as normas sanitárias do país. O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Francisco Jardim, reagiu afirmando que “as medidas foram anunciadas sem consistência técnica, repetindo argumentos anteriores”.

Os frigoríficos afetados estão adotando diversas táticas para tentar driblar o embargo. O Marfrig, por exemplo, informou, em nota, que vai redirecionar a produção gaúcha para unidades em outros Estados que não foram atingidos. A Cooperativa dos Suinocultores de Encantado (Cosuel) pretende investir no mercado interno e buscar abertura em outros países, com volumes menores.

– Mas claro que esperamos que esse embargo seja resolvido o mais breve possível porque, sem dúvida, a Rússia sempre foi um mercado muito importante – diz o diretor-presidente da Cosuel, Gilberto Piccinini.

O presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, avalia que o mercado asiático poderá absorver a oferta de carne brasileira, se necessário. Para o presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado, Ronei Lauxen, as indústrias poderão enfrentar dificuldades na comercialização com o Exterior e terão de redirecionar seus negócios para o mercado interno.

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Fonte:
Zero Hora

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