Seca: Perdas financeiras no Sul do Brasil já se aproximam de R$ 3 bi

Publicado em 06/01/2012 10:22 e atualizado em 06/01/2012 12:06
O valor das perdas causadas pela seca no Sul do Brasil já se aproximam de R$ 3 bilhões. Segundo dados dos governos dos estados da região, no Paraná, os prejuízos já são avaliados em R$ 1,5 bilhão, no Rio Grande do Sul passaram de R$ 400 milhões para R$ 900 milhões e em Santa Catarina, R$ 400 milhões. E essa situação ainda pode piorar, pois as perdas não foram completamente contabilizadas e os dias quentes e secos continuam castigando a produção. 

De acordo com o Deral, a safra de verão paranaense deverá registrar uma baixa de 11,5%, 2,6 milhões de toneladas a menos do que as previsões anteriores. O Parané já sofreu perdas por conta da estiagem causada pelo La Niña nas temporadas 2005/06 e 2008/09, quando 4,13 milhões e 5,06 milhões de toneladas de grãos, respectivamente, deixaram de ser colhidas.

Para o estado, não há previsão de chuvas para as principais áreas produtoras nos próximos dias. Em novembro e dezembro, o regime de chuvas no Paraná foi abaixo do normal.

No caso da soja, a perda financeira está calculada em R$ 1,02 bilhão, com uma safra reduzida a 12,7 milhões de toneladas ante as 14,2 milhões previstas anteriormente. Para o milho, o prejuízo está avaliado em R$ 379,7 milhões, com a colheita registrando quebra de 7,4 milhões para 6,4 milhões de toneladas. Com o feijão, a perda deve ser de R$ 117,4 milhões.

No Rio Grande do Sul, a quebra consolidada nas três culturas - soja, milho e trigo - em comparação com as previsões iniciais para a safra 2011/12 já alcança 11,2%, ou quase 1,8 milhão de toneladas, de acordo com o último balanço divulgado pela Emater-RS. A perda financeira está estimada em R$ 871,9 milhões.

Assim como no Paraná, a situação da ausência de chuvas se repete como na safra 2004/05, quando a produção de soja foi reduzida para 2,4 milhões e a de milho para 1,5 milhão de toneladas.

Nas lavouras gaúchas, o prejuízo com o milho pode chegar a R$ 562,2 milhões. Já para a soja, a perda financeira deve chegar a R$ 298,3 milhões e pode crescer nos próximos dois meses, já que a floração das lavouras começa agora e os grãos começam a se formar em fevereiro.

Com informações do Valor Econômico.

Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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