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MS e PR: "Não tem previsão de chuva suficiente para tentar recuperar tanto o solo, quanto o nível dos reservatórios", diz Inmet

Publicado em 21/09/2021 13:13 e atualizado em 21/09/2021 16:43
Condições do Rio Paraná, maior bacia com capacidade hidroelétrica do país, é ainda mais crítica nas áreas do MS e PR

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Além de divulgar as previsões climáticas para a primavera no Brasil, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alertou em evento virtual realizado na manhã desta terça-feira (21) que, pelo menos até fevereiro de 2022, não há previsão de chuvas suficientes para recuperação do solo e da reserva hídrica da bacia Rio Paraná nos estados do Mato Grosso do Sul e do Paraná. 

No dia 31 de maio, o Inmet divulgou pela primeira vez o cenário crítico das reservas hídricas do Brasil. Desde então, a situação da bacia Rio Paraná - que abrange seis estados brasileiros (Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Santa Catarina e o Distrito Federal) - é monitorada pelo Instituto. 

De acordo com Márcia dos Santos Seabra, meteorologista do Inmet, quando o setor avaliou a série histórica, entre 1961 até agosto/2021, os dados indicaram tendência de precipitação abaixo da média na área. Segundo os gráficos apresentados pelo Inmet, o último ano com chuvas acima da média na Bacia Rio Paraná foi há pelo menos 6 anos. De lá pra cá, os volumes se confirmaram abaixo da média, com destaque para o ano de 2020, ano em que a situação ficou ainda mais crítica. 

"Quando a gente olha os últimos anos, a gente tem praticamente 5 ou 6 anos com chuva abaixo na bacia. Especialmente no ano de 2020, que ficou muito abaixo e só perde para a seca de 1963. É o ano mais crítico desde a década de 70, quando foi registrado vários anos de chuva abaixo da média, mas é preciso lembrar que naquela época a população e o consumo de energia no Brasil eram bem diferentes", afirmou a meteorologista. 

Apesar da Bacia Rio Paraná estar presente em seis regiões diferentes do país, as preocupações do Inmet são com as áreas de abastecimento no estado de Mato Grosso do Sul e do Paraná. De acordo com a análise, no caso do Mato Grosso do Sul, o único mês com chuvas expressivas foi em janeiro de 2021. 

Já para o período entre setembro/21 e fevereiro/22, Márcia destaca que os volumes devem ficar, pelo menos, 11% abaixo da média. De acordo com os dados, são esperadas chuvas de até 827mm, quando a média histórica para a região indica precipitação de 931mm durante o mês. 

Na área do Paraná, apesar do modelo de previsão de anomalia indicar apenas 1% de chuva abaixo da média histórica, a preocupação se dá pelos sequência de meses com precipitação abaixo do ideal. Os dados do Inmet mostram que as chuvas também ficaram abaixo da média em vários anos. "Nesses dois estados a gente ainda não tem uma previsão de chuva suficiente para tentar recuperar tanto o solo, quanto o nível dos reservatórios", finaliza a meteorologista. 

Muitas regiões ainda não têm condições de plantio para a soja; MS e PR demandam maior atenção

Por Guilherme Dorigatti 

Com o término do vazio sanitário nos principais estados produtores, a largada nas atividades de plantio da nova safra de soja 2021/22 já começou em muitas regiões, mas algumas outras ainda não possuem condições ideais para a semeadura.

Segundo o analista de culturas da Geosys Brasil, Felippe Reis, é preciso uma chuva de, pelo menos, 20 mm antes de iniciar o plantio com segurança e algumas localidades produtoras não devem registrar estes volumes nas próximas semanas, como nas partes Centro-Sul e Sudeste do Mato Grosso, sul de Goiás, partes do Paraná e o Mato Grosso do Sul.

Para estes produtores, em especial os paranaenses e sul-mato-grossenses, a recomendação do especialista é cautela e aguardar melhores condições para semear as lavouras mais a frente.

Na visão de Reis, situações drásticas como os grandes atrasos de plantio da safra passada não devem se repetir neste ano, mas ainda não estão totalmente descartados. Sendo assim, os agricultores precisam manter um acompanhamento diário das previsões e condições climáticas como precipitações, temperatura e umidade.


 

 

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Por:
Virgínia Alves
Fonte:
Notícias Agrícolas

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