Atualização do NOAA mostra que virada do mês pode trazer chuvas e alívio para o Sul do Brasil

Publicado em 22/02/2022 10:36
Além do Sul, modelo norte-americano mantém a continuidade das chuvas em boa parte do Brasil no período

A virada do mês pode trazer alívio para estiagem observada em importantes regiões de produção agrícola do país. A atualização do modelo de previsão estendida, divulgada na manhã desta terça-feira (22) pela Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA), mostram que a primeira semana de março, caso as previsões se confirmem, pode ser marcada por chuvas em boa parte do país. 

De acordo com Heráclio Alves, meteorologista do Instituto Nacional de Meteotologia (Inmet), o modelo norte-americano mostrava nesta manhã que a chuva pode retornar com a umidade descendo da região norte e também pela entrada de novas frentes frias pelo Sul do Brasil. 

Entre os dias 22 de fevereiro e 2 de março, o NOAA começa a indicar o retorno das chuvas para a região Sul, mas ainda de forma muito irregular. Para as demais áreas do país, mantém a condição de chuvas isoladas e tempestades principalmente na região Central do país. 

A partir do dia 2 de março, o modelo começa a mostrar chuvas mais abrangentes em quase todo Brasil. No Centro-Sul, onde a condição é mais crítica com a seca, o NOAA prevê chuvas entre 50mm e 70mm até o dia 10 de março. "Se confirmar o que estamos vendo no mapa, trará alívio para algumas áreas. Os volumes não são tão expressivos no mapa, mas com a irregularidade não se descarta chuva mais volumosa em algumas áreas", afirma Heráclio. 

Ainda neste período, o NOAA devolve as condições de chuvas em todas as áreas do Centro-Oeste e Sudeste, com volumes entre 40mm e 50mm. A tendência também é de chuva no Norte e em áreas do Nordeste do Brasil, porém com volumes mais baixos quando comparado com as demais áreas. 

Veja o mapa de previsão estendida para todo Brasil: 
 

Fonte: NOAA 

Para as próximas 24 horas, Heráclio afirma que a condição continua sendo de tempo muito instável na região Central do Brasil. O meteorologista explica que a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) já perdeu força, mas mantém áreas de instabilidade favorecendo a formação de nuvens carregadas em algumas áreas. 

Com relação aos volumes, o modelo Cosmo do Inmet indica as maiores precipitações para o Tocantins, entre 20mm e 40mm e também em áreas do Mato Grosso, com acumulados entre 20mm e 30mm no Mato Grosso. Continua com risco de temporal em áreas do Sul do Brasil e do Sudeste, inclusive com potencial para queda de granizo de forma pontual devido as altas temperaturas dos últimos dias. 

Veja o mapa de precipitação nas próximas 93 horas:
 

Fonte: Inmet 

 
Imagem em Janiópolis (PR). Enviado por Helder Soares

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Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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