Inmet divulga possíveis impactos do inverno nos cultivos agrícolas pelo país
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou uma avaliação sobre os potenciais impactos do inverno nas principais culturas agrícolas do país. Com o atual cenário de neutralidade no Oceano Pacífico Equatorial, o clima brasileiro deve continuar sendo influenciado por outros fatores, como as temperaturas da superfície do mar nos oceanos Atlântico Tropical e Atlântico Sul. Segundo o Inmet, esses elementos têm peso significativo na formação das condições de tempo e clima, exigindo atenção redobrada às previsões para o período.
De acordo com o instituto, a previsão de chuvas abaixo da média em regiões do Norte, como Acre, Rondônia, sul do Pará, oeste do Amazonas e grande parte do Tocantins, pode comprometer lavouras de milho segunda safra e feijão, especialmente aquelas em fase de floração e enchimento de grãos. No Centro-Oeste, o cenário também acende um sinal de alerta, conforme destaca o Inmet, já que a tendência de redução na umidade do solo nas próximas semanas pode afetar o desenvolvimento do milho segunda safra. Por outro lado, a menor ocorrência de chuvas pode beneficiar a colheita de culturas da primeira safra, além de favorecer o algodão e o milho em estágio final de maturação.
No Matopiba — que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia —, a previsão de volumes de chuva próximos ou abaixo da média histórica pode ser benéfica, segundo o Inmet. Isso porque a condição reduz os riscos de perdas durante a colheita do milho em fase de maturação fisiológica, evitando danos por excesso de umidade. Já no leste do Nordeste, principalmente nas áreas que compõem o Sealba (Sergipe, Alagoas e Bahia), as chuvas dentro da média devem favorecer o desenvolvimento das lavouras de feijão e milho da terceira safra, conforme informou o instituto.
Para o Sudeste, o Inmet aponta que a previsão de chuvas abaixo da média pode afetar negativamente as pastagens e algumas culturas de outono/inverno mais tardias, devido à menor oferta de água para o solo. No entanto, o clima mais seco tende a beneficiar as lavouras de cana-de-açúcar e café, além de milho segunda safra em fase de colheita, que se desenvolvem melhor com baixa umidade durante essa época do ano.
Na Região Sul, os impactos devem variar conforme a localidade. No Paraná, segundo o Inmet, a combinação entre chuvas escassas e temperaturas elevadas pode reduzir a umidade do solo, comprometendo o desenvolvimento das culturas em andamento. Em contrapartida, no centro-sul do Rio Grande do Sul, a expectativa é de aumento da umidade no solo, o que pode favorecer os cultivos de trigo e outras culturas típicas do inverno, trazendo um alívio para os produtores da região.
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