NOAA confirma presença de La Niña e prevê persistência do fenômeno entre dezembro e fevereiro
A Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) confirmou que as condições de La Niña estão ativas e devem persistir entre dezembro de 2025 e fevereiro de 2026, com uma transição para condições neutras do ENSO sendo considerada provável entre janeiro e março de 2026, com 55% de probabilidade.
Segundo o boletim mensal da agência, o La Niña se estabeleceu em setembro de 2025, acompanhado pela expansão de temperaturas da superfície do mar (TSM) abaixo da média no Pacífico equatorial central e oriental. O índice Niño-3.4, principal indicador de monitoramento do fenômeno, registrou -0,5°C na última semana analisada, enquanto outras áreas apresentaram anomalias entre -0,1°C e -0,4°C.
A NOAA observou ainda anomalias negativas de temperatura no subsolo oceânico, entre 180° e 100°W, com temperaturas abaixo da média desde a superfície até cerca de 200 metros de profundidade na porção oriental do Pacífico equatorial. Os ventos de baixo nível sopraram de leste, enquanto os ventos em altitude apresentaram anomalias de oeste, padrão típico de La Niña.
As previsões multimodelo do Instituto Internacional de Pesquisa para o Clima e a Sociedade (IRI) e do North American Multi-Model Ensemble (NMME) indicam a continuação de La Niña durante o inverno do Hemisfério Norte de 2025-2026. Com base nas condições observadas recentemente, a NOAA considera que o evento deve permanecer de fraca intensidade, com valores médios trimestrais do índice Niño-3.4 variando entre -0,5°C e -0,9°C.
Embora uma La Niña fraca tenda a gerar impactos menos pronunciados sobre os padrões climáticos globais, a NOAA ressalta que efeitos previsíveis ainda podem influenciar a configuração das previsões sazonais do Climate Prediction Center (CPC), especialmente nas Américas e na região do Pacífico.