Pecuaristas de MT aproveitam chuvas para recuperar pastagens

Publicado em 03/11/2010 09:39
Os pecuaristas de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, não perderam tempo. A região passou por uma estiagem forte e, como voltou a chover nos últimos dias, a hora é de plantio dos pastos. O trabalho está em ritmo acelerado para aproveitar a terra úmida.

A máquina que puxa o arado renova a esperança dos pequenos produtores do assentamento Taquaral, em Corumbá. O trabalho em sistema de parceria vai percorrer praticamente as 200 propriedades da região. Só em um dos lotes são três hectares de pasto que serão recuperados agora na primavera.

O agricultor Daniel Valério, do assentamento, trabalha agora na propriedade do seu Benjamim, que ficou doente. Como é apenas um trator para todos. A recuperação do pasto não pode parar senão atrasa o serviço em outros sítios.

Preocupado, Daniel foi ajudar o vizinho e, com isso, não atrapalhar a agenda de todos para aproveitar que a terra ainda está úmida das últimas chuvas.

Em uma propriedade da região, o plantio começa na próxima semana. Os produtores precisam correr contra o tempo já que este ano o período de seca foi maior e as chuvas vieram mais tarde.

Em agosto deste ano, o Globo Rural visitou o assentamento Taquaral. A situação que a equipe encontrou foi animais mortos, por falta de alimento, pasto seco e pequeno produtor com enorme problema. A última estiagem durou quatro meses e deixou, além de um grande prejuízo, uma lição. É preciso se antecipar para evitar perdas.

Os produtores estão agilizando os trabalhos para o gado ter o que comer a partir de abril do ano que vem, quando começa a seca.

Os pequenos produtores estão organizados em associação. É por meio desse sistema de trabalho que estão conseguindo planejar o plantio do pasto. O produtor encomenda e paga a semente. A associação se encarrega de comprar a preços mais baratos. O trator e o arado são emprestados da prefeitura. Uma taxa simbólica é cobrada por cada hora de trabalho da máquina para ajudar no custo do diesel e do motorista.

“A gente pretende buscar junto lá fora os insumos com preços mais baratos, atendendo os associados numa melhor maneira possível. E depois, futuramente, quando sair a produção, a gente fazer o mesmo processo, de procurar vender junto para ter um êxito melhor”, disse Adão Fernandes Santana, presidente da Associação dos Produtores Assentados.

Fonte: Globo Rural

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