Ainda é grande a possibilidade de perdas consideráveis com La Niña, afirma Inmet

Publicado em 23/11/2010 06:57
As produções brasileiras de soja e milho deverão sofrer perdas no próximo ano diante da expectativa de que a estiagem no Sul do país seja semelhante à de 2005, que foi a pior em 40 anos. A previsão é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a agência meteorológica do governo.

O nível de chuvas abaixo da média em toda a região Sul desde outubro levou ao receio de que o Brasil vai perder grandes quantidades de sua safra que começa a ser plantada este ano e será colhida em 2011, disse Expedito Rebello, chefe de pesquisa do Inmet. A causa da redução no volume de chuvas está ligada ao fenômeno climático La Niña.

"Tivemos dias de muita chuva seguidos de longos períodos de seca, o que não é nada bom para a soja e o milho", afirmou Rebello em entrevista por telefone. "Se a estiagem persistir em dezembro, poderemos ver uma repetição do fenômeno de 2005", disse ele.

O Brasil perdeu cerca de 19 milhões de toneladas de grãos em 2005 com a pior seca em 40 anos afetando o desenvolvimento dos grãos, de acordo com dados do Ministério da Agricultura. Segundo Rebello, a estiagem pode afetar a produção brasileira em proporção similar este ano, caso continue intensa em dezembro. Uma previsão mais clara do tamanho da seca será possível até 15 de dezembro, conforme ele.

Os produtores brasileiros deverão colher entre 67,7 milhões e 69 milhões de toneladas de grãos nesta safra 2010/11, que está em fase de plantio. Na temporada 2009/10, foram 68,7 milhões de toneladas, de acordo com as estatísticas mais recentes divulgadas pelo Ministério da Agricultura. A soja é o grão mais cultivado no país, seguido pelo milho.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
Valor Econômico

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário