Frente ao La Niña, lavouras de soja na Argentina continuam sofrendo com a seca

Publicado em 03/01/2011 06:23 e atualizado em 03/01/2011 07:04

As lavouras de soja da Argentina estão sofrendo com a estiagem. As estimativas são de queda na produção. O fenômeno La Niña é apontado como o principal fator para essa falta de chuva.

O sul de Corrientes é uma das regiões mais prejudicadas pela seca. Na Fazenda Timboy, próxima à fronteira com Brasil e com o Uruguai, choveu apenas 28 milímetros em dezembro. O gado só encontra pasto em áreas próximas às barragens.

No próximo ano, provavelmente a lavoura de milho dará lugar a uma de arroz. Os produtores estavam investindo na cultura há dois anos, mas vão desistir por causa da seca.

Até mesmo as lavouras irrigadas são motivo de preocupação. O arroz só germinou porque o solo foi molhado. A dúvida é se a água armazenada vai durar até o fim do ciclo da cultura.

Já nas lavouras de soja o cenário é ainda mais preocupante. As chuvas irregulares já comprometem a produtividade. O solo está rachado. Sem água, as plantas não conseguem formar os grãos.

“Estamos sensivelmente abaixo das médias normais desses últimos meses. As previsões, com o efeito do La Ninã, não são favoráveis. Então, o que se produz na região é em algumas zonas definidas onde choveu bastante, mas em outros lugares não choveu nada”, explicou o agrônomo Luís Volpato.

A estimativa pessimista do Ministério da Agricultura argentino era colher 52 milhões de toneladas nesta safra. São três milhões a menos que a anterior. Mas os técnicos estimam que a produção pode ser até 16% menor do que a projetada pelo governo. Em uma fazenda da região, o agricultor teme perder tudo o que plantou se não chover nos próximos dias.

“A seca está muito forte. Não sabemos se a planta ainda vai se desenvolver e formar grãos que possam dar bons quilos para colher. Se não, nao vale a pena”, lamentou Ricardo Passarella, capataz da fazenda.

Com a projeção de menor oferta no mercado mundial, o preço da soja tem se mantido em alta.

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