Governo do RS define ações para ajudar produtores prejudicados pela estiagem

Publicado em 06/01/2011 09:47
Vice-governador disse que vai negociar com os Ministérios recursos federais para reduzir os prejuízos no campo.
Governo do Rio Grande do Sul define ações para ajudar os agricultores que tiveram perdas com a estiagem. Além das medidas emergenciais, o vice-governador, Beto Grill, disse que vai negociar com os Ministérios recursos federais para reduzir os prejuízos no campo.

As ações foram definidas numa reunião no Palácio Piratini. O governo do Estado formou um grupo de trabalho que envolve as secretarias estaduais de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Obras, a Defesa Civil e a Emater. As secretarias devem fornecer pessoal, maquinário e outros recursos necessários para impedir que as perdas com a estiagem se agravem.

A Defesa Civil deve orientar as prefeituras sobre como funciona o procedimento para decretar situação de emergência e agilizar a liberação de recursos. A prioridade é garantir o abastecimento de água nos municípios atingidos. Três pipas com capacidade para 4,5 mil litros serão providenciadas. Em Candiota, as famílias de agricultores assentados vão receber cestas básicas.

São medidas emergenciais, mas que não resolvem os problemas que os agricultores enfrentam em anos de seca. É preciso pensar no futuro e investir em tecnologia para ter uma produtividade maior na mesma área utilizada atualmente, mas sem depender exclusivamente da chuva. O secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando Mainardi, propõe um programa de convivência com a estiagem, com ações e obras que reduzam o risco de prejuízos.

No sul do Estado os especialistas alertam que os períodos de seca ocorrem cada vez com mais freqüência.

– Nos últimos 10 anos, já são sete estiagens, uma alternativa seria fazer reservatórios de água e trabalhar com a irrigação – diz o agrônomo Charles di Pauli.

A região é uma das mais prejudicadas pela estiagem. Três municípios decretaram situação de emergência. As pastagens em Herval estão secas e sem nutrientes. O gado perdeu peso. De acordo com o levantamento da Emater, a pecuária é atividade mais prejudicada pela estiagem.

– Vai ter pecuária de que jeito com essa torreira de sol, as vacas tão secas, não tem como vender leite e nem mais tempo de preparar uma nova pastagem – diz o pecuarista Miguel Oliveira.

Segundo a Emater de Herval, a estiagem já provoca um prejuízo de R$ 6 milhões a agricultura e a pecuária. Cerca de 20% das lavouras de milho, soja e feijão foram perdidas.

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Canal Rural

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