Inverno causa prejuízo na região Sul do país

Publicado em 05/07/2011 07:35
No Paraná, o frio intenso prejudica as lavouras de milho. No Rio Grande do Sul, o problema é com as pastagens para o gado.
No Paraná, as maiores perdas acontecem nas plantações tardias. A geada fez com que os grãos ficassem leitosos e agora só um clima bastante seco poderia salvar parte da lavoura.

Durante o verão, por causa do atraso na safra de soja, o governo federal estendeu o prazo para o plantio, a data limite passou de 28 de fevereiro para 20 de março. Muitos agricultores aproveitaram o novo prazo e decidiram investir no plantio de milho, só que o que era para ser lucro agora virou prejuízo.

Carlos Farina tem uma propriedade bastante diversificada. Ele cria gado leiteiro e suínos, são mais de mil animais que se alimentam da silagem da palha e do grão de milho que ele mesmo produz. A plantação tem mais de 70 hectares e também foi bastante prejudicada com a geada. "Vamos ter que gastar, investir em inoculante para dar uma alimentação de qualidade aos animais porque a geada estragou tudo e ainda veio a chuva em cima e não deu para colher antes”.

Na região noroeste do Rio Grande do Sul, o problema causado pelo inverno é com as pastagens, que estão sentindo a falta de luminosidade. Com a alimentação prejudicada, o gado leiteiro produz menos.

Evaldir Bonmann tem uma propriedade no município de Santa Rosa, onde cria gado leiteiro. Ele conta que os pecuaristas da região costumam sofrer com a falta de sol mais no fim do inverno, mas este ano o problema chegou mais cedo. Com o pasto ruim, o gado já sente as consequências e está produzindo menos leite. Hoje, cada animal produz 16 litros diários. No mesmo período do ano passado, eram 24 litros por dia, uma redução de 33%.

A alternativa é utilizar outros tipos de alimentos, o que gera um gasto excessivo para o agricultor com a silagem. No período normal de produção, o gasto seria em torno de 300 quilos por dia, hoje, já chega a 700. “A silagem armazenada era para ser usada no fim do inverno e não agora. Em função da falta de pastagem, isso está sendo usado agora, o que reflete em redução de produção, aumento do custo e mais para frente teremos o reflexo com mais prejuízo”, explica o agrônomo Claudemir Ames.

Fonte: Globo Rural

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