Condições climáticas prejudicam atividades agropecuárias no RS

Publicado em 05/08/2011 13:59
As condições meteorológicas registradas no Rio Grande do Sul durante esta semana - chuva, vento, frio com precipitação de neve, além de céu encoberto na maior parte do período - trouxeram alguns prejuízos aos agricultores gaúchos, em especial aos moradores de Três Forquilhas, no Litoral Norte. Neste município, as fortes rajadas de vento causadas pela passagem de um ciclone extratropical afetaram seriamente as plantações de banana. Os pomares de maracujá e abacaxi de outros municípios do Litoral Norte, como Terra de Areia, Três Cachoeiras, Mampituba, Morrinhos do Sul e Itati, também foram afetados, conforme levantamento realizado pela Emater/RS-Ascar. Os prejuízos totais ainda não foram levantados.

Em outras regiões do Estado, foram as chuvas que prejudicaram as atividades agrícolas. Na Metade Norte, o excesso de umidade impediu o trabalho mais intenso no manejo das lavouras e pastagens. A pouca luminosidade também predispôs as plantas ao ataque de doenças fúngicas, além de retardar o seu desenvolvimento.

Já na Metade Sul, as precipitações trouxeram vantagens, pois possibilitaram a recuperação parcial das barragens destinadas à irrigação do arroz. Em Bagé, foi suspenso o racionamento de água à população, que perdurava desde janeiro passado.

O excesso de umidade registrado nos últimos dias, aliado à falta de luminosidade, começa a prejudicar o desenvolvimento de algumas lavouras de trigo, proporcionando, inclusive, condições favoráveis ao surgimento de doenças fúngicas, fazendo com que os produtores redobrem a atenção no monitoramento das áreas. A aplicação de adubos em cobertura também ficou prejudicada, uma vez que as lavouras não apresentavam condições de manejo devido à alta umidade presente no solo.

As chuvas frequentes e a alta umidade registradas nas últimas semanas têm sido bastante prejudiciais à citricultura na região do Vale do Caí, atrapalhando a colheita das frutas cítricas e dificultando a realização dos tratamentos preventivos para o controle de doenças que são realizados no inverno. A enchente ocorrida nos dias 21 e 22 de julho alagou propriedades nos municípios por onde passa o Rio Caí, causando maior prejuízo nos municípios de São Sebastião do Caí e Pareci Novo, que têm grande quantidade de pomares em áreas de várzea. São estimadas perdas na ordem de quatro mil toneladas de frutas cítricas.

Na última semana do mês de julho, teve início a colheita da bergamota Montenegrina, a fruta cítrica com maior área de cultivo no Vale do Caí. A qualidade da fruta está excelente, e o temor de que as geadas ocorridas neste inverno tivessem prejudicado a qualidade das frutas não se confirmou. A perspectiva por parte dos técnicos e dos citricultores é de que se tenha uma boa safra dessa variedade.

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Emater/RS

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