Tempo seco favorece atividades a campo no RS
Nas regiões mais quentes do Estado, começam a aparecer as primeiras áreas dessecadas que serão semeadas com milho na safra 2011/2012. O tempo, mesmo mantendo o solo úmido por dias seguidos, não tem impedido as pulverizações. Na Fronteira Noroeste e no Noroeste Colonial, já se observam lavouras semeadas com milho, com destaque para o município de Dr. Mauricio Cardoso, onde 52% da área, prevista inicialmente em 7.500 hectares, já foi semeada.
Apesar da instabilidade do tempo e das altas temperaturas para esta época do ano, as lavouras de trigo ainda apresentam bom desenvolvimento vegetativo, o que mantém uma expectativa de boa produtividade. Com o tempo mais seco e sem chuvas excessivas no último período, a adubação nitrogenada em cobertura foi praticamente concluída em quase todas as regiões produtoras. Nas lavouras semeadas no cedo, a fase reprodutiva começa a se expressar de forma mais intensa, não alcançando, porém, 1% do total semeado este ano, o que denota um ligeiro atraso em relação às safras anteriores.
A cultura da cevada encontra-se na fase de elongação, apresentando bom estado fitossanitário. As condições climáticas do período favoreceram o crescimento das plantas. O potencial produtivo da lavoura, pela utilização da tecnologia empregada na safra, deverá propiciar, conforme estimativas iniciais, 2.700 quilos por hectare de boa qualidade industrial.
O estado sanitário do rebanho de corte é bom, com redução da incidência de carrapato e mosca do chifre na maioria das regiões onde se desenvolve a atividade. Já o estado corporal é considerado regular. O gado mantido em campo nativo está magro, principalmente o rebanho de cria, que já apresenta alguma mortalidade de animais devido à desnutrição. Na Região de Bagé, a taxa de mortalidade de vacas é maior do que em outras regiões produtoras, devido ao alto grau de desnutrição causada por excesso de lotação ou campos de baixa qualidade. Nesta região, o índice de prenhez está em torno de 40%, enquanto que na Fronteira Oeste esse índice fica entre 45% e 50%. Esses baixos índices são atribuídos à prolongada estiagem durante a primavera e verão, seguida de um inverno rigoroso.
As temperaturas mais amenas e a boa luminosidade registradas em muitas regiões apícolas do Estado favoreceram a atividade das abelhas nas colmeias, no mesmo momento em que ocorre o aumento da oferta de néctar e pólen em função do início de floração das frutíferas de clima temperado, como pêssego, ameixa e nectarina. Os apicultores continuam fornecendo alimentação de incentivo à postura e realizando limpeza da colmeia e a troca de favos velhos por cera alveolada.