Cariocas jogam esgoto na Baia de Guanabara e querem preservação na Amazônia

Publicado em 22/03/2012 14:58
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Enquanto os brasileiros da urbe se deixam tocar pelo ambientalismo fundamentalista do econegócio contra a agricultura brasileira, pouco mais de 30% da bosta dos cariocas é tratada. A baia de Guanabara recebe 10 mil litros por segundo de merda diluída produzida pelos cidadãos urbanos do Rio, incluindo Cristiane Torloni, Vagner Moura, Fernando Meireles e Carlos Minc.

Há 20 anos, durante a Rio-92, o governo iniciou a execução do Programa de Despoluição da Baía de Guanabara. O programa já foi prorrogado oficialmente sete vezes, consumiu mais de US$ 1 bilhão e continua inacabado. Enquanto a Baia de Guanabara fede a bosta, os atores de globo e outras espécies de militante virtual, lutam pela preservação lá longe, nas terras dos produtores rurais.

Nenhuma das quatro estações de tratamento construídas até hoje está operando plenamente. O Programa consumiu US$ 1,17 bilhão em recursos do BID, da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) e do governo do Estado. A estação de tratamento de São Gonçalo, inaugurada no fim do governo Marcello Alencar, não recebe nada de esgoto porque as redes de captação não foram construídas. A estação da Pavuna, projetada para tratar 1.500 litros por segundo, recebe menos de 200. Na de Sarapuí, com a mesma capacidade, são tratados de 600 litros/segundo. A estação de Paquetá nunca entrou em operação, deteriorou-se e o governo desistiu de colocá-la em funcionamento.

No contrato, estavam previstos 1.248 km de redes coletoras de esgoto e 178 mil ligações domiciliares. Foram executados apenas 603 km de redes e 54 mil ligações até novembro de 2006, segundo o último relatório do BID.

O talebã da clorofila, Carlos Minc, que hoje ocupa a secretaria de meio ambiente do estado do Rio e foi um dos principais responsável pela estopim da atual crise do Código Florestal ao assinar o decreto 6.514, disse que foi "uma fraude cavalar construir as estações sem as redes". Minc conseguiu a aprovação no BID de um novo empréstimo de mais US$ 452 milhões para o projeto. "São elefantes brancos, monumentos à incompetência, ao descaso, à ilusão", diz Minc com cara de paisagem. A recuperação ambiental da baía é um dos compromissos assumidos pelo governo para a realização da Olimpíada de 2016.

É como eu sempre digo aqui no blog, preservar meio ambiente é refresco no dos outros. É por isso que a Europa não tem APP, nem RL, nem floresta nativa e luta pela preservação no Brasil, que o Rio joga merda no cartão postal do Brasil e a Cristiane Torloni luta pela preservação lá na Amazônia. É por isso que as Fundações internacionais financiam a sobejo ONGs em países periféricos.

Esse é um problema da preservação ambiental é mais fácil e menos doloroso preservar no quintal do vizinho.

Crise na base aliada e a reforma do Código Florestal. Entenda o que está acontecendo:

O governo passa por uma crise em sua base aliada. Recentemente um grupo de deputados do PMDB encaminhou uma carta à presidente Dilma reclamando por mais espaço do governo. Também o PR, outro grande partido da base aliada, anda descontente com o governo desde que foi alijado do Ministério dos Transportes com a defenestração do Senador Alfredo Nascimento do cargo. O PT, como sempre, arreganha dos dentes para ocupar todos os espaços possíveis no Estado.



Há duas semanas o governo vem tentando votar a Lei Geral da Copa, mas os deputados da oposição e da base aliada inviabilizaram até agora todas as tentativas de votação, exigindo que o governo marque uma data para a votação do Código Florestal. Embora a imprensa, urbana, por incompetência analítica, e o talibãs do ambientalismo fundamentalista por conveniência, confundam as duas situações, são dois movimentos diferentes que geram sinergia.

É claro que se a base aliada estivesse satisfeita com o governo, dificilmente os deputados conseguiriam barrar as votações da Lei da Copa. Mas o anseio pela votação do Código Florestal vai além do fisiologismo nosso de cada dia.

A reforma do Código Florestal tem raízes na sociedade brasileira, no meio rural e nas cidades menores mais ligadas ao campo do que os grandes centros urbanos onde estão os militontos da Marina Silva e os jornalões. É por isso que eles não compreendem bem o que está acontecendo.

Por anos fiscais do IBAMA e promotores de justiça têm abordado produtores rurais, grandes e pequenos, de forma truculenta, radical, em operações acompanhadas da Polícia Federal e da Força Nacional, armados, distribuído multas, exigindo assinatura de TACs, ameaçado de prisão, embargado áreas, apreendido máquinas agrícolas e safras, destruído cultivos, buscando de forma fundamentalista o cumprimento do Código Florestal vigente.

Esse verdadeiro flagelo lançado sobre o Brasil real, longe dos olhos e da compreensão dos centros urbanos cuja economia não depende mais do campo e onde estão os jornalões e seus jornalistas, reverbera na Câmara dos deputados que precisam visitar periodicamente aqueles rincões em busca de voto.

Foi pelo sentimento de injustiça cultivado no Brasil real, longe dos centros urbanos, pela forma irresponsável como Estado vem cobrando o Código Florestal vigente, e não por fisiologismo, que a reforma do Código Florestal foi aprovada com ampla maioria em todas as votações pelas quais passou até agora. Não havia crise na base quando o texto foi aprovado na comissão especial da Câmara, não havia crise na base quando o PMDB (que ocupa a vice presidência da república) alterou o texto na Câmara; não havia crise na base quando o texto tramitou no Senado, e lá também a reforma foi aprovada por ampla maioria de votos.

O que os analistas urbanos não compreendem é que o povo brasileiro quer a reforma do Código Florestal. Aos ambientalistas convém colar a imagem da reforma do Código Florestal, ao fisiologismo comum no nosso sistema partidário. É uma forma de desqualificar a reforma, parece verdade, os jornalões e seus jornalistas vão achar que é um fato, vão dizer que é um fato e vão criar um factóide. Mas será sempre e tão somente um factóide, jamais um fato.

Ontem, depois que os partidos (da oposição e da base aliada incluindo 19 deputados do PT que não compareceram ao plenário) derrubaram a tentativa do governo de votar a lei da copa exigindo a votação do Código Florestal, o presidente da Câmara, Marco Maia, disse que o governo precisa de um tempo para entender o que realmente está acontecendo para, a partir desse entendimento, buscar uma solução para o impasse.

Eis aí o que está acontecendo.

No Canal Rural: Estudo da Embrapa mostra que Código Florestal do Senado expulsará pequenos agricultores do campo

Estamos desapropriando pequenos produtores, diz pesquisador da Embrapa sobre nova regra das APPs

Um levantamento realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) revela que o novo Código Florestal pode inviabilizar cerca de 12 milhões de hectares em pequenas propriedades rurais se não for consolidada a produção em áreas de preservação ambiental. O estudo baseou-se em dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).

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Para os pesquisadores, a situação pode criar graves problemas sociais e econômicos no país. No último Censo Agropecuário, o de 2006, o IBGE perguntou aos produtores qual a área da propriedade dedicada a atender exigências de áreas de preservação permanente e reserva legal. De acordo com o levantamento, quase 78% disseram não ter nada.

Pesquisadores resolveram relacionar esses números às exigências do novo Código. O resultado foi alarmante e a maior preocupação é com áreas de preservação permanente em beira de rios.

Uma projeção da Embrapa para o município pernambucano de Petrolina, que fica às margens do rio São Francisco, mostra, por exemplo, que o recuo de 500 metros, exigidos pelo texto, afetaria plantações e, até mesmo, uma estrada. Quanto menor a propriedade, maior a perda relativa de área.

– Se você tem uma propriedade de cinco hectares e tem um riacho que atravessa a propriedade, terá de abandonar a área agrícola 15 metros para cada lado da margem. Vai perder 30% da propriedade – explica o pesquisador da Embrapa, Evaristo de Miranda, acrescentando que as propriedades de até cinco hectares correspondem a quase 50 % dos imóveis no Nordeste.

Nos cálculos, se as regras de recuperação de APP’s forem mantidas como no texto aprovado pelo Senado Federal, 11,6 milhões de hectares em propriedades de um a quatro módulos fiscais ficarão inviabilizadas. Este total representa queda de R$ 6,5 bilhões na geração de riqueza.

– Estamos desapropriando os produtores. Na prática, é isso. Para os pequenos, pode ser fatal. Vamos criar um grande problema social e econômico em muitas regiões do Brasil – avalia Miranda.

Doutor em Ecologia, o pesquisador fala com a experiência de quem acompanha o desenvolvimento de pequenas propriedades rurais há mais de 30 anos. Para ele, a regra para a recuperação de APP’s deve ser diferente.

– Reserva Legal varia de acordo com o bioma, vários casos variam de acordo com o bioma, mas a recuperação de APP não. Não é possível ter uma regra tão genérica para um país tão grande, com tanta diversidade agroecológica – conclui.

Fonte: Canal Rural

Em tempo, os ambientalistas não querem o Código Florestal porque dizem que ele é muito permissivo. Os talibãs na clorofila preferem o texto vigente que, expulsa ainda mais gente do campo.
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Fonte:
Blog Código Florestal

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2 comentários

  • jorge casarin Santo Ângelo - RS

    Esta cambada de poluidores, desviam atenção das suas cagadas, na intenção de se promoverem junto a mídia, tapando a sua visão com peneiras, e fazendo com que os cegos, surdos e mudos não sintam os odores das suas cagadas, deviam captar água após passar pela cidade, o interior já possui uma nova mentalidade e cada vez cuida mais da natureza, já nas grandes cidades.....

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  • Thomas Renatus Fendel Rio Negro - PR

    É o fim da picada...

    Os cariocasch cagando na água...

    Que vão cagar no mato.

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