Famato se reúne com Maggi devido a declarações sobre Código Florestal

Publicado em 15/06/2011 11:04
“O novo texto do Código Florestal atende as necessidades do campo com algumas pequenas ressalvas que precisam ser ajustadas”. Esta é a avaliação do senador da bancada mato-grossense, Blairo Maggi, que se reuniu na última segunda-feira (13) com o presidente do Sistema Famato, Rui Prado, na sede da entidade, para explicar as recentes declarações feitas à imprensa sobre a nova proposta. Elas preocuparam o setor produtivo e fizeram com que a entidade buscasse alinhamento de conceitos com o senador.

Na semana passada, Prado também conversou com os senadores Jaime Campos e Pedro Taques. O objetivo foi dialogar sobre os principais pontos do Código e suas inter-relações para o setor produtivo e a sociedade. Essa ação faz parte da estratégia de comunicação que a entidade está adotando desde a tramitação do novo texto na Câmara dos Deputados, visto que agora a matéria será avaliada e votada no Senado.

Na oportunidade, o senador disse que o artigo 8º do novo texto – alterado pela emenda 164 e que trata da consolidação das áreas de APP’s – exprime dupla interpretação. “No artigo 8º você tem uma interpretação dupla que pode ser uma consolidação de tudo como está ou não. No meu entendimento há uma consolidação da forma como está. E o governo não vai aceitar essa proposta. Então, nós temos que trabalhar uma proposta alternativa. O congresso pode votar, mas o executivo pode vetar. Então, não adianta a gente ganhar e não levar”.

Segundo Rui Prado, tanto o senador Blairo Maggi como Jaime Campos e Pedro Taques demonstraram entendimento sobre a matéria e parecem dispostos a colaborar com o setor produtivo que busca, com o novo Código Florestal, segurança jurídica para produzir alimento com tranquilidade, qualidade e sustentabilidade. “A Famato defende o cumprimento da lei e considera legítima sua atuação nos debates que antecedem a definição da legislação que possam limitar a produção de alimentos, importante para todo mundo. Sabemos que é possível aliar produção com preservação. E um exemplo claro disso é que Mato Grosso tem 62% de áreas intactas, mesmo com os atuais índices de produção”.

Responsável por cerca 70% do PIB estadual, o agronegócio mato-grossense é o principal gerador de renda no estado e considerado uma das grandes potências para suprir a crescente demanda por alimentos no mundo. Porém, as exigências ambientais impostas por pressões externas e interesses comerciais de outros países produtores prejudicam o desenvolvimento do campo brasileiro. Estima-se que neste ano o valor bruto da produção (VPB) agropecuária de Mato Grosso alcance R$ 30,05 bilhões. Desse total, R$ 25,1 bilhões são oriundos das principais culturas produzidas no estado, como soja, algodão e bovinocultura de corte.

O Sistema Famato realizou um estudo sobre o impacto das legislações ambientais na agropecuária considerando três cenários: o atual, com a lei vigente e com o novo Código Florestal. Para o atual, o estudo concluiu que Mato Grosso utiliza 32,70 milhões de hectares para produzir soja, algodão e bovinocultura de corte que geram R$ 25,10 bilhões de VPB. Se os produtores tivessem que cumprir o código vigente, haveria uma perda de 24% da área e 21% do VPB, deixando de empregar 26,78 milhões de pessoas. “Com o novo Código Florestal, Mato Grosso conseguiria se manter muito próximo do cenário atual sem gerar grandes impactos na economia local e preservando o meio ambiente”, acrescenta Prado.

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) é a entidade que reúne e representa os sindicatos rurais de todo o Estado. Sua estrutura organizacional também inclui o Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) e o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso). Esse conjunto de entidades forma o Sistema Famato.
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Fonte:
Só Notícias

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