Atacarejo muda o mercado de Feijão

Publicado em 10/12/2018 14:30
O varejo vem passando por profundas modificações. Os atacarejos começaram pelo Nordeste do Brasil e vêm modificando a forma que o produto chega ao consumidor. Nos mercados dos produtos básicos, então, o efeito parece ser profundo. Em uma conversa com um empacotador experiente, ele comentou que, para o consumidor, na média, tem um valor mais barato na compra inteira. Ele também esclareceu que "o que temos visto como comportamento do consumidor é que ele faz a compra do mês nos atacarejos e repõe o que falta no varejo e assim ele consegue economizar. Estamos voltando a ver maiores volumes no início do mês e depois tudo parado novamente. Porém os compradores do atacarejo, sabendo disso, trabalham com estoque de 30 dias e, quando eles acreditam que a alta não se sustenta durante o mês e é só em virtude do maior volume do início do mês, eles não compram e pressionam as indústrias. Neste momento, o que vemos no mercado é que ninguém repassou o preço de R$ 170, todos trabalhando com um preço médio. Agora em dezembro devemos ver os preços equilibrados com o mercado. A questão é que, quando ocorrem essas valorizações, as grandes redes nacionais, principalmente Atacadão e Assaí, normalmente têm estoque para 30 dias, e aí eles reposicionam os preços abaixo do preço da indústria e acabam abastecendo o pequeno varejo, dando aquela travada no giro da indústria. Como agora eles também terão que pagar mais caro, talvez para início de janeiro o que vamos ver é o varejo vir comprar da indústria, e isso pode aumentar a procura da indústrias. E assim, com o plantio menor, deixará o mercado seguir firme". Mas avaliar que os valores serão de X ou Y é impossível. Devemos lembrar que o pico de preços alcançados em 2016 seria menor se não fossem os especuladores que inflaram os preços com notícias altistas. Alguns produtores tiveram um bom resultado naquele ano, mas, na média, houve uma perda consequente da ganância que foi muito além da ambição de melhores preços. O Feijão-carioca, durante a semana passada, esteve calmo, porém não houve queda de preços. Poucos produtores vão aceitar vender muito abaixo das cotações atuais.
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Fonte:
IBRAFE

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