Feijão: Produtor divide atenção entre comportamento dos preços e ataque da mosca-branca

Publicado em 25/01/2019 14:30
Apesar do varejo já ter feito alguma correção no preço ao consumidor, em algumas regiões ainda relutam em repassar a alta. Surge, entre os operadores, nestes momentos, a afirmação correta de que está mais barato comprar Feijão no supermercado do que nas lavouras. Muito do Feijão negociado no interior de São Paulo e no Paraná, nos últimos 10 dias, foi de Feijão que mudou de comprador, mas não mudou de armazém.

“O produto troca de mãos”, afirmou hoje um experiente comprador no Paraná, “e nem tudo que se negocia está agora a caminho das gôndolas.”

Claro que, diante do enorme consumo diário, isto pouco afeta o preço final, mas deve ser levado em conta. A valorização muito rápida no campo deverá 

chegar ao consumidor nos próximos dias e poderá, entre outras alternativas, levar muitos consumidores a aumentar o consumo de Feijão-preto e de Feijão caupi. Assim, estes Feijões estariam ainda com seus preços defasados em relação ao Feijão-carioca.

Ultrapassado o patamar de R$300, com alguns negócios já alcançando R$330, em lotes de Feijão-carioca, a preocupação e a atenção se voltam ao plantio da segunda safra. No Paraná, a principal região produtora nos Campos Gerais apresenta, até o momento, plantio tímido de Feijão.

Outra preocupação é o receio da contaminação com a mosca-branca, que já é uma certeza, principalmente em lavouras de Minas Gerais e de Goiás, porém antecipadas. Isso encarecerá, em muito, o custo de produção do Feijão plantado antecipadamente. A regularização da oferta não está assegurada, nem mesmo para o mês de abril, até o momento.

Fonte: IBRAFE

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