Comercialização do Feijão: Estratégia ou coincidência? questiona o Ibrafe

Publicado em 15/02/2019 14:30
Depois de um início de semana bastante calmo, quinta-feira trouxe uma maior quantidade de telefonemas em busca de ofertas desde logo cedo. Chega-se a pensar que este tipo de movimento é, de alguma forma, orquestrado, e, por isso, tem acontecido com uma frequência acima do normal: um início de semana calmo que termina com negócios sendo efetuados até mesmo no sábado e no domingo. No entanto, o que ocorre são os fluxos de entrega para o varejo que se concentram durante a semana e não ocorrem no sábado e no domingo nos grandes centros.

Portanto, os empacotadores precisam atender os embarques, mais o processamento e mais as entregas entre segunda e sexta-feira. Carregar nas fontes no final de semana justifica-se, pois a mercadoria que chegar entre segunda e terça-feira é processada e entregue nas lojas do varejo ou no CD entre quinta e sexta-feira.

Não se sustenta a tese de que todos os empacotadores e compradores estão alinhados para esperar no começo da semana e comprar somente no fim. Ocorre que há momentos que um empacotador tem necessidade que a sua logística o justifica pagar um pouco mais em determinado momento. É interessante observar que a concentração de venda ocorre sem precedentes quando os preços sobem neste período mais de 250%. Pequenos e médios empacotadores não têm capital de giro suficiente para atender tamanho volume de recursos.

Assim, as marcas maiores, com linhas de crédito maiores ou mesmo recursos próprios passam a trabalhar até mesmo com três turnos e daí o fato de lá na fonte se ter a impressão que não comprar no início da semana faz parte de uma estratégia. No final da tarde de ontem, muitos negócios foram reportados. Nenhuma novidade além da manutenção dos preços entre Feijões nota 6/7 por R$ 260 até Feijões nota 9 por R$ 360. 


O Feijão-preto tem mercado momentaneamente mais calmo. Há negócios nas fontes no Paraná, com produto sendo vendido entre R$ 250/260.
Fonte: IBRAFE

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