Ibrafe: Uso de sementes de Feijão certificadas dobra
Segundo a SEAB Paraná, o custo por saca de Feijão estimado em agosto para a próxima safra será de R$ 184,00 por saca de 60 quilos. Há produtores que não fazem muito a conta, mas, para quem coloca tudo na ponta do lápis, esse custo está próximo da realidade para quem colhe 30 sacas por hectare.
Três fatores definem o resultado que se vai obter. Genética: Até bem pouco tempo, as áreas plantadas com sementes eram menores e o Feijão era o "patinho feio" no que diz respeito ao uso de sementes. Isso mudou radicalmente, e o uso de sementes nos principais polos de produção no Brasil dobrou nos últimos dois anos. Enquanto sementeiras com práticas duvidosas foram ficando sem clientes, as mais reconhecidas, que têm um processo cada vez mais transparente, abocanharam uma maior fatia do mercado e têm investido em laboratórios, mão de obra especializada, maquinário e marketing, pois não adianta fazer tudo isso sem ninguém saber. Prevê-se que este fenômeno continuará de agora em diante. Cada vez mais, as cultivares não suportam mais do que um "tombo" no campo e degeneram rapidamente. Além disso, a cada nova leva de sementes básicas há melhorias genéticas que podem, por exemplo, fazer com que a planta expresse maior tolerância ao estresse hídrico. Por outro lado, cada vez mais produtores estão atentos à qualidade da semente, e a fiscalização mais efetiva do Ministério da Agricultura tem feito a diferença.
Outro fator, o segundo dos três, não está nas mãos do produtor: o comportamento do meio ambiente. No entanto, atualmente, há uma melhor margem de acerto nas previsões do tempo. Ter uma consultoria com boa margem de acerto faz diferença. Há produtores que dividem uma consultoria com vizinhos na região.
O maior poder que o produtor tem está no terceiro item do tripé da boa produção: o manejo. Utilizar cobertura morta para manter a umidade do solo e reduzir a evaporação é uma das principais práticas, junto com o manejo adequado do solo, utilizando a adubação verde e a conservação do solo, que ajudam a manter a umidade e a saúde do solo.
No mercado ontem, novamente, poucos negócios foram reportados, especialmente de Feijões comerciais nota 8,5, por exemplo. Esses Feijões estão fluindo enquanto produtores e compradores não encontram um patamar consensual para o preço dos melhores lotes. Produtores pedem até R$ 270, e, pelo menos até ontem, não houve negócios reportados no preço à vista nesse nível.
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