Leite: Preços estáveis no mercado de SC, mas consumo registra leve queda

Publicado em 25/02/2013 16:47
Com uma pequena redução nos preços pagos aos criadores, o mercado do leite em Santa Catarina – na prática – continua estável
Com uma pequena redução nos preços pagos aos criadores, o mercado do leite em Santa Catarina – na prática – continua estável. Os valores de referência dessa matéria-prima calculados pelo Conselho Paritário Produtor/Indústria de Leite do Estado (Conseleite), para janeiro,  aumentaram 1,2% e, para este mês de fevereiro  estão projetados com redução de 1,3%.

Os motivos da leve baixa foram uma pequena queda no consumo de leite fluido e uma queda um pouco maior no consumo de queijos, de acordo com o presidente do Conseleite e vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc), Nelton Rogério de Souza.
         
Os preços de referência calculados pelo Conseleite para este mês, considerado o produto apanhado nas propriedades rurais e com Funrural incluso, são os seguintes: leite acima do padrão R$ 0,8270; no padrão R$ 0,7191 e abaixo do padrão R$ 0,6537 por litro.

Embora tenha esses valores como referencia negocial, o mercado – como de praxe –  está praticando preços superiores,que variam de R$ 0,80 a R$ 0,90.
         
O dirigente avalia que a produção de leite continua sendo uma atividade rentável, responsável por irrigar, com dinheiro, as comunidades rurais. Observa que a pecuária leiteira – ao lado da avicultura e da suinocultura – também sofreu com o encarecimento dos grãos (milho e soja) no mercado interno. Apesar do amplo emprego da produção a pasto, a alimentação animal é suplementada com sal mineral, silagem e rações à base de milho e farelo de soja. No conjunto, a nutrição representa 70% do custo da produção de leite. Depois vem a mão de obra, cujo peso na planilha de custos vem aumentando.

Santa Catarina é o quinto  produtor nacional, o Estado gera 2,2 bilhões de litros/ano. Praticamente, todos os 190.000 estabelecimentos agropecuários produzem leite, o que gera renda mensal às famílias rurais e contribui para o controle do êxodo rural. O oeste catarinense responde por 60% da produção com cerca de 50.000 estabelecimentos rurais.

Um aspecto positivo de 2012 é que as famílias brasileiras  ampliaram o consumo de produtos lácteos de maior valor agregado e de melhor qualidade à medida que aumentam sua renda. Este cenário foi constatado, principalmente, nas classes C, D e E, que também estão dispostas a pagar mais caro por estes itens. Essa tendência foi confirmada por estudo elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz , da USP.

Na classe C, o levantamento aponta que o aumento de 1% da renda gera incremento de 0,4% no consumo e uma elevação de 1,14% nas despesas com estes produtos. Nas classes D e E, o mesmo ganho de 1% na renda amplia o consumo em 0,6% e os gastos em 1%. 
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Fonte:
AI Faesc

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