Começo de mês tem cotações estáveis ou em alta no mercado independente de suínos

Publicado em 04/06/2020 16:08
Lideranças apontam que não há sobreoferta de animais para serem ofertados ao frigorífico, e com isso, é possível segurar a queda de braço da pressão para baixar os preços

A primeira semana de junho trouxe estabilidade ou leves altas nos preços do suíno no mercado independente nas principais praças produtoras do país. Lideranças do setor explicam que muitos frigoríficos ainda fazem pressão para baixar preços, mas o suinocultor não possui sobreoferta de animais e consegue, pelo menos, segurar os preços. 

De acordo com a assessoria de imprensa da Associação Paulista de Criadores de Suínos, a entidade optou por não divulgar para veículos de mídia o resultado da negociação da bolsa de suínos, ocorrida nesta quinta-feira (4).

Em Santa Catarina, Estado que também negocia suínos independentes às quintas-feiras, houve alta de R$ 0,05, chegando a R$ 4,60/kg do animal vivo. De acordo com Losivanio de Lorenzi, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o volume comercializado esta semana seguiu a normalidade da média das semanas anteriores.

"Esta elevação mostra a tendência de alta no mercado, talvez por ser início do mês, com a população recebendo os salários, e a chegada do frio, que aumenta o consumo. A perspectiva da flexibilização do comércio em São Paulo nos próxinmos dias pode trazer melhora nos preços", disse.

A negociação da bolsa de suínos em Minas Gerais nesta quinta-feira (4) também registrou alta de R$ 0,20, com o quilo do suíno vivo atingindo R$ 5,30. Alvimar Jalles, consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), explica que os negócios no Estado foram mais firmes que na semana passada. 

"A nossa plataforma de dados confirma queda de idade e dos pesos médios dos animais dentro das granjas e a disponibilidade de animais para venda imediata está controlada e em queda", afirmou.

O preço do animal vivo permaneceu estável no Rio Grande do Sul nesta semana, R$ 4,26/kg, conforme informou o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador. 

"O mercado continua um pouco restrito, as vendas estão acontecendo, mas não com a facilidade com que aconteciam antes. A indústria tenta forçar para baixar preço, e o produtor segurando na queda de braço, até porque não tem oferta acima da normalidade". 

De acordo com Folador, mesmo com a pressão de baixa pelos frigoríficos, a tendência é pelo menos manter os preços praticados, ou talvez uma melhora nos preços, com a entrada da massa salarial e a população indo às compras.

Assim como no Rio Grande do Sul, o Mato Grosso permaneceu com preços inalterados para o suíno vivo em relação à semana passada, R$ 3,70/kg. Itamar Canossa, presidente da Associação de Criadores de Suínos do Mato Grosso (Acrismat), disse que os frigoríficos estão esperando "a poeira baixar" para ver como o mercado irá se configurar. 

"Na próxima semana deve haver aumento, por causa do recebimento de salários, e além disso, as exportações estão em bom ritmo, o que ajuda a sustentar os preços".

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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