Preços do suíno no mercado independente ficam estáveis em SP e MG, mas sobem em RS, SC e MT

Publicado em 27/08/2020 16:29
Próxima semana é de expectativa de lideranças do setor de novos reajustes, ainda que pequenos, devido ao início de setembro

Ainda que o mês de agosto esteja se encaminhando para o final, o preço do suíno no mercado independente nas principais praças produtoras tem se mantido estável ou tendo elevação. De acordo com lideranças de associações de suinocultores, é possível que valores estejam próximos a um teto, mas também não descartam novos reajustes, ainda que menores, na próxima semana. 

Nesta quinta-feira (27), a bolsa de suínos de São Paulo finalizou sem acordo entre frigoríficos e suinocultores, segundo o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira. Os produtores do Estado seguem fazendo negócios com o quilo do animal vivo a R$ 7,73/kg, mesmo valor da semana anterior. 

"No entendimento dos suinocultores, o preço deveria ficar entre R$ 145 e R$ 150 a arroba, enquanto os frigoríficos se limitaram aos R$ 145. Houve uma redução considerável no peso dos animais, em torno de 8%, e a demanda para a próxima semana deve ser melhor, em virtude do início de um novo mês", disse.

Em Minas Gerais, que também negocia os animais no mercado independente às quintas-feiras, o preço segue pela terceira semana consecutiva estávem em R$ 7,80/kg vivo, conforme explica o consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Alvimar Jalles.

"O mercado no Estado é estável, porém muito firme. Os frigoríficos ainda estão alegando redução de vendas, mas sabem que a oferta de animais é controlada e concordaram naturalmente com a manutenção dos preços. O valor pago ainda consegue cobrir a recente aceleração dos custos de produção, ainda tendo amrgem de lucro ao suinocultor", afirmou.

Já os suinocultores de santa Catarina viram os preços aumentarem durante a negociação nesta quinta-feira, apssando de R$ 7,23/kg para R$ 7,44/kg vivo. O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, ainda acredita em altas na próxima semana.

"Há uma disparidade muito grande entre as agroindústrias sobre o preço base e o suinocultor independente, ams acreditamos que a indústria também deva subir os preços, porque com a alta do dólar, estão ganhando muito dinheiro, e além disso, os custos de produção estão nas alturas".

O aumento no preço do suíno independente no Mato Grosso foi de R$ 0,26, chegando a R$ 6,06/kg nesta semana, de acordo com o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Mato Grosso (Acrismat), Itamar Canossa. 

O líder aponta que no estado é possível que não haja uma variação grande de preço na próxima semana, já que os preços estão chegando próximos a um teto. 

Para Vadecir Folador, presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul, a alta para o preço dos suínos esta semana, que passou de R$ 6,71 para R$ 6,87, foi expressiva por se tratar de um final de mês. 

"A demanda e a oferta continuam muito ajustadas. Não tem suíno sobrando, o que pode fazer com que na próxima semana ainda haja uma certa alta nos preços, o que não tem nada de errado, já que os custos de produção estão totalmente fora de proporção".

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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