No mercado interno, asa é um dos cortes de frango com menor valorização em 2021

Publicado em 27/10/2021 07:58

A asa foi, tempos atrás, um corte de frango com baixo valor (como, aliás, já ocorreu, por exemplo, com pés/patas de frango) frente aos cortes mais nobres como peito e coxas. Nos primeiros anos deste século, por exemplo, não chegava a alcançar 90% do valor do peito.

Ganhou novo status a partir do momento em que se constatou que o primeiro corte podia ser desdobrado em novos cortes mas, principalmente, quando se tornou ingrediente obrigatório dos churrascos brasileiros.

Desde então, seus preços deslancharam, tornando-a item mais valioso que peito e coxas. Em 2019 alcançou preço médio 33% superior ao do peito e 55% superior ao das coxas. Em 2020, com o mercado afetado pela pandemia, essas diferenças subiram astronomicamente, para mais de 70%.

Neste ano não vem sendo diferente, pois a asa mantém-se à frente dos outros dois itens. Mas já não registra a valorização observada anteriormente. Assim, entre janeiro e setembro, seu diferencial em relação às coxas caiu para 42% e, em relação ao peito, para menos de 20%. O que, em essência, decorre de sua menor valorização frente não só ao peito e às coxas, mas também ao frango inteiro e, ainda, a um mix composto por frango inteiro (50%), peito (20%), coxas (20%) e asa (10%).

Sob esse aspecto, quem vem obtendo maior valorização no decorrer de 2021 é o peito, pois alcança valor 55% superior ao do mesmo período de 2020. Na sequência vem o frango inteiro resfriado, com valorização de 48,6%.

Note-se, neste último caso, que o frango inteiro vem experimentando valorização superior à do mix, cujo ganho neste ano se encontra em 39,3%. De toda forma, todos obtém ganho maior que o da asa, cujo preço médio, em 2021, se encontra apenas 6,6% acima do registrado entre janeiro e setembro do ano passado.

Fonte: Avisite

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