Rabobank: exportação de carne de frango brasileira em agosto foi a maior em quatro anos, subindo 7% em volume e 34% em receita desde janeiro

Publicado em 27/09/2022 11:23
China reduziu volumes, apesar de ainda ser o maior comprador, mas Europa puxou aumento de 19% desde janeiro até agosto

O Rabobank divulgou estimativas para o mercado global de aves referente ao quarto trimestre do ano de 2022, e trouxe a informação de que as exportações brasileiras da proteína avícola no mês de agosto foram as maiores em quatro anos. Conforme o relatório do banco, o segundo semestre do ano costuma ser mais forte nas negociações globai, e em muitos países a oferta da carne de aves será mais justa devido a fatores como, por exemplo, inflação, incertezas econômicas e casos de influenza aviária, especialmente no hemisfério norte.

A expectativa, segundo os analistas do Rabobank, é que para o quarto trimestre as expoortações brasileiras sigam fortes, exceto para a China, que reduziu os volumes adquiridos, mas segue na liderança como principal cliente do Brasil, com uma fatia de 12% do que o país embarca, seguidos da União Europeia e do Japão, em segundo e terceiro lugares, respectivamente.

Falando sobre a Europa, especificamente, desde janeiro até agosto, as compras aumentaram 19%, puxadas pelos Países Baixos, principal comprador do bloco, que subiu em 19% as aquisições da proteína, atingindo 110 mil toneladas.

De maneira geral, o Brasil cresceu 7% nas exportações de carne de frango entre janeiro e agosto de 2022, chegando à marca de 3,2 milhões de toneladas. Em matéria de arrecadação, os primeiros oito meses do ano, na comparação com o mesmo período de 2021, registraram incremento de 34% no valor pago pela proteína, totalizando US$ 6,4 bilhões de dólares.

No mercado interno, os preços da ave viva começaram um movimento de queda em maio e seguem em setembro, o que aumenta a competitividade para a exportação. Conforme pontua o relatório, o bom ritmo de exportação mda carne de frango do Brasil deve se manter, ao menos no curto prazo, tendo em vista preocupações com inflação e segurança alimentar em vários países.

 

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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