Movimento de alta perde força e estabiliza preços da carne suína
A semana registrou preços predominantemente estáveis tanto no quilo vivo quanto nos principais cortes de carne suína do atacado. Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, o movimento de alta perdeu força no decorrer dos últimos sete dias.
“Foi verificado apenas altas pontuais do vivo e estabilidade no atacado. As negociações envolvendo o animal vivo ocorreram em um ambiente acirrado, com indústria cautelosa, avaliando a evolução da carne do atacado”, disse Maia.
Além disso, o analista pontuou que este comportamento é natural, uma vez que as altas registradas ao longo das últimas semanas foram expressivas, dificultando agora repasses. “A capitalização das famílias devido a salários é positivo para o consumo na quinzena, mas o nível de competitividade da carne suína recuou frente aos cortes do frango, fator que pode pesar negativamente nos próximos dias”, explicou.
Por fim, Maia afirma que a exportação forte da carne suína brasileira segue como variável positiva, favorecendo o enxugamento da disponibilidade doméstica do produto.
Preços
Levantamento de Safras & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país teve avanço de R$ 8,28 para R$ 8,29 na semana. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado continuou em R$ 14,19 e a média da carcaça em R$ 13,53.
A análise semanal de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo permaneceu em R$ 177,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo continuou em R$ 6,75 e no interior do estado foi de R$ 8,65 para R$ 8,70.
Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração seguiu em R$ 6,70 e no interior catarinense em R$ 8,75. No Paraná, o preço do quilo vivo teve ganhos de R$ 8,85 para R$ 8,90 no mercado livre e, na integração, seguiu em R$ 6,90.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande ficou em R$ 8,45 e, na integração, permaneceu em R$ 6,70. Em Goiânia, os preços ficaram em R$ 8,90. No interior de Minas Gerais, os preços tiveram estabilidade de R$ 9,20 e, no mercado independente, de R$ 9,40. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis teve desvalorização de R$ 8,55 para R$ 8,50 e, na integração do estado, permaneceu em R$ 7,20.
Exportações
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 98,297 milhões em setembro (5 dias úteis), com média diária de US$ 19,659 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 38,159 mil toneladas, com média diária de 7,631 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2,576.
Em relação a setembro de 2024, houve avanço de 53,4% no valor médio diário, alta de 48,9% na quantidade média diária e elevação de 3,1% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.