Produtores resistem à pressão das indústrias e mantêm preços firmes para a suinocultura independente

Com a chegada do final do mês e ritmo lento no escoamento no mercado doméstico, a cotação da suinocultura independente registrou estabilidade nas principais regiões acompanhadas pelo Notícias Agrícolas nesta quinta-feira (25). As lideranças relatam uma queda de braço entre os produtores e as indústrias frigoríficas. 

De acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), o preço dos suínos no estado de São Paulo permaneceu estável  e está precificado em R$ 9,33/kg.

“Os produtores rurais informaram que não vão abrir mão de reduzir sequer R$ 1,00 do valor negociado para os suínos. Todos os preços praticados até a data desta quarta-feira (24) vão ser mantidos. Por parte dos frigoríficos, tem uma disputado muito grande pelo animal abatido entre o mercado atacadista e varejista”, informou.

A liderança paulista ainda está na expectativa que na próxima semana o consumo fique mais aquecido, já que tem o início do mês e o pagamentos dos salários. “Esperamos que venha ser um mês altamente consumidor de carne suína”, reportou Ferreira. 

No mercado mineiro, o valor do animal também se manteve estável e está cotado em R$ 8,50/kg no fechamento desta semana, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). 

"Mesmo em um ambiente de mercado fraco, com consumo retraído e sinais de acomodação, os preços do suíno vivo se mantêm estáveis. Esse resultado reflete o equilíbrio entre uma oferta relativamente ajustada e a resistência natural em ceder mais baixas", disse o consultor de mercado da Associação, Alvimar Jalles.

Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal também  registrou desvalorização de 2,03% nesta semana, em que os preços passaram de R$ 8,86/kg para R$ 8,68/kg.