Apesar de oferta excedente, suinocultura independente mantém estabilidades nas cotações
A suinocultura brasileira entra na reta final de dezembro com estabilidade nos preços em São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná. Para lideranças do setor, o cenário deve permanecer estável até o fim do ano, com expectativas positivas para 2026.
A Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS) informou que a Bolsa de Suínos de São Paulo manteve o preço em R$ 9,33 por arroba.
No mercado mineiro, os preços dos animais seguem com estabilidade por mais uma semana e o valor está ao redor de R$ 8,50/kg, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).
“O preço segue estável, mas há alguma oferta excedente. Isso empurra o mercado para baixo e abre espaço para descontos pontuais. A vida real está adiada: todos administram dezembro enquanto esperam o ajuste que só janeiro entrega. A leitura é simples — estabilidade hoje é o intervalo antes do encontro com a realidade”, informou Alvimar Jalles, Consultor de Mercado em Minas Gerais.
Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), os preços dos suínos seguiram com estabilidade nesta semana, na qual estão precificados em R$ 8,57/kg.
O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivânio de Lorenzi, avalia que o mercado deve seguir estável até o fim do ano, mesmo diante das oscilações recentes observadas na cadeia produtiva.
Segundo ele, o setor entra no período final de 2025 com pouca margem para mudanças significativas. “O mercado está se mantendo. Acredito que esse ano não vai mudar mais muito porque as bolsas só voltam o ano que vem”, explica Losivânio. Com isso, a expectativa é de que os preços se mantenham no patamar atual até a virada do calendário.
Apesar da perspectiva de estabilidade no curto prazo, o dirigente demonstra otimismo em relação ao próximo ciclo. “O preço vai ficar por aquilo que está aí mesmo e vamos acreditar que o ano que vem nós tenhamos um ano tão promissor quanto esse”, projeta.
Santa Catarina segue como referência nacional em produtividade, sanidade e competitividade na suinocultura — fatores que, segundo a ACCS, devem continuar sustentando boas oportunidades para produtores em 2026.
No estado do Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 04/12/2025 a 10/12/2025), o Indicador do Preço do Kg vivo do Suíno LAPESUI/UFPR teve alta de 3,09%, fechando a semana em R$ 8,68.
No comparativo mensal das médias semanais, o preço do kg/vivo do suíno no Paraná apresentou alta de 3,45% em relação à semana do dia 12/11/2025.