Suinocultira: O mercado uruguaio e as potencialidades para o Brasil
O Uruguai não é reconhecido como um importante player da suinocultura mundial, tanto em termos de produção quanto de consumo, no entanto, a partir da perspectiva do sistema produtivo brasileiro, isto pode se tornar num importante dado estratégico.
O consumo anual ainda é relativamente baixo, variando na última década entre 6 e 9 kg/pessoa/ano. Ao mesmo tempo, a maior parte deste consumo é baseada em produtos processados. Ao mesmo tempo, o papel do governo é limitado, não desenvolvendo políticas exportadoras e se concentrando domesticamente nos rebanhos, mais do que numa produção mais industrializada – convergente com a demanda do país.
Atualmente o país produz aproximadamente 21 mil toneladas, o que o faz ter que importar cerca de 11 mil toneladas para conseguir atender ao consumo doméstico. A estrutura produtiva também não apresenta muita sofisticação industrial. Não há integradoras de maior envergadura ou mesmo processadoras com atuação nacional. Com isto, a maior parte dos produtores têm tamanhos pequenos e médios e operam de forma independente, o que acaba por dificultar a construção de padrões produtivos.
Mudança de consumo e novas potencialidades
Alguns estudos indicam uma tendência de aumento do consumo de carne suína no país. É esperado que, até 2017, o consumo anual per capita alcance os 11 kg. Este dado é particularmente interessante quando fazemos a projeção da tendência de produção no país. No mesmo ano de 2017 a produção uruguaia deve alcançar as 36 mil toneladas, o que vai representar 70% do consumo doméstico. Em outras palavras, isso significa que o Uruguai continuará a ser um importador de carne suína nos próximos anos.
Com isto, algumas oportunidades surgem no cenário de curto-prazo. A primeira é o investimento direto no país para a produção de carne suína, aproveitando a incapacidade que a produção local terá em atender ao mercado doméstico. A segunda é, desde já, estabelecer parcerias mais densas no comércio bilateral, favorecendo o fornecimento brasileiro em detrimento de outros países.
Outra oportunidade, e esta é resultado de uma mudança mais profunda que está ocorrendo no país, vem da alteração do perfil de consumo por parte da população. O fortalecimento de uma classe social mais rica, resultado do aumento do turismo no país, está gerando uma demanda por carnes mais sofisticadas (em termos de produto e de produção).
O desenvolvimento de novas linhas de produtos, especialmente focadas para esta parcela populacional pode gerar vendas com maior valor agregado e num mercado ainda pouco desenvolvido
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