Fim de ano traz alento a produtor de carne suína
Depois de um ano marcado por prejuízos, pelo forte impacto da crise econômica e pela oscilação do dólar, a celebração do Ano-Novo traz expectativa positiva para a venda de cortes de suínos. De acordo com o diretor executivo do Sips, Rogério Kerber, isso se deve a indicadores econômicos mais favoráveis do que no ano passado, quando a produção caiu. "O cenário mundial está se recompondo e nos leva a crer que os embarques, embora sem remuneração adequada, seguirão com fluxo ativo e serão maiores."
O presidente da Acsurs, Valdecir Folador, aponta que, tradicionalmente, o fim de ano amplia a rentabilidade. "Infelizmente, este ano já se foi, e a expectativa de recuperação não existe mais."
A manutenção da isenção do ICMS sobre suínos teve impacto nos preços no varejo, que se mantiveram estáveis neste fim de ano, o que deve estimular as compras. "O mercado está aquecido e o consumidor, otimista", diz o presidente da Agas, Antônio Longo, que estima aumento de 10%.
Para 2010, Folador projeta situação mais positiva a partir do segundo trimestre. "Normalmente, as exportações são fracas no verão. O preço deve melhorar depois de março." Para que o próximo ano seja mais rentável, acrescenta, é necessário que volumes e preços de embarques aumentem, além de melhor câmbio.
O presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, aposta na abertura de novos mercados para que as exportações ultrapassem em 200 mil toneladas as de 2009. A expectativa é que a União Europeia abra mercado para o Brasil ainda no primeiro semestre e que os Estados Unidos publiquem em breve a análise de risco para importação. O acesso ao Japão e à Coreia é aguardado para a segunda metade do ano. "A meta é terminar 2010 com esses mercados abertos." Até novembro, as exportações brasileiras de carne suína atingiram 561 mil toneladas.
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