Mais um país coloca na berlinda a indústria avícola dos EUA

Publicado em 09/02/2010 10:40
Não fosse suficiente a Rússia ter embargado o frango de Tio Sam por questões de processamento final (higienização das carcaças em banho de cloro) e a China ter passado a impor pesadas taxas na importação do mesmo produto (acusação de “dumping”), mais um país – o México – adota medidas capazes de se refletir na indústria avícola dos EUA. Com isso, o setor enfrenta, a um só tempo, problemas com seus três maiores importadores, responsáveis pela absorção de quase a metade das exportações de carne de frango norte-americanas.
A questão levantada pelos mexicanos não mexe, pelo menos por ora, nas exportações dos EUA, mas pode no futuro ter desdobramentos sobre o setor. Trata-se de um inquérito aberto pela Comissão Federal de Concorrência do México (o nosso CADE) para avaliar a possível utilização de práticas monopolísticas por empresas avícolas atuantes em território mexicano. E isso coloca na berlinda, indiretamente, a indústria avícola norte-americana, porque duas das três maiores produtoras de frango do México são dos EUA – a Pilgrim’s Pride e a Tyson Foods, respectivamente segunda e terceira maiores empresas do setor (a líder de mercado é a mexicana Bachoco; juntas, as três respondem por 55% da produção local de carne de frango).
Segundo recente documento do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), as investigações ainda não foram iniciadas. Mas nelas serão avaliados contratos existentes, acordos comerciais e convênios, particularmente no que se refere a práticas comerciais que possam estar afetando os preços de mercado.

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Avisite

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