Pacote de apoio às exportações chegou com atraso para o setor avícola

Publicado em 06/05/2010 17:22

O Presidente Executivo da União Brasileira de Avicultura (UBAbef), Francisco Turra, disse hoje (06/05) que o pacote de incentivo às exportações anunciado ontem pelo governo foi tardio no que diz respeito ao setor avícola, além de ser limitado quanto a medidas como a devolução de créditos tributários.

“Houve uma grande demora em promover esse incentivo, e sem razão. Diante da crise financeira internacional, o governo promoveu a desoneração tributária de setores como o automotivo e o moveleiro. Mas o setor avícola, com seus 4,5 milhões de empregos diretos e indiretos e uma enorme importância social, ficou de fora. A avicultura foi desestimulada”, disse Turra.

Para o Presidente da UBAbef também não se justifica que o pacote tenha limitado em 50% a devolução, em até 30 dias, dos créditos de PIS/Pasep, Cofins e IPI acumulados na exportação.

“Esses créditos são das empresas e precisariam ser devolvidos na sua totalidade, para capitalizar as companhias. Isso significa não só repor perdas, mas também incentivar novos investimentos”, defendeu.

Turra frisou, ainda, que o Brasil continua sendo um dos países que mais tributam os alimentos.

“De acordo com um estudo recente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a carga média de impostos sobre os alimentos é de 17% no Brasil, contra 5% na Europa e apenas 0,7% nos Estados Unidos. Com isso é difícil manter a competitividade de nossos produtos”, enfatizou.

Fonte: Avicultura Industrial

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Preços do frango estáveis nesta sexta-feira (26)
Mercado de suínos fecha a sexta-feira (26) com cotações, na maioria, estáveis
PorkExpo Brasil & Latam 2024 já está recebendo trabalhos científicos do mundo inteiro
Frango/Cepea: Carne de frango segue mais competitiva que a suína
Valores do frango congelado e resfriado cedem em São Paulo nesta quinta-feira (25)