Preço do leite reage e perdas são recuperadas em Santa Catarina
O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), Nelton Rogério de Souza, analisa que a queda decorreu da quantidade captada pela indústria e da expansão da demanda.
Nelton acredita que o movimento de mercado confirma o início de um período de preços firmes porque a quantidade captada pela indústria está 10% a 15% menor. Por outro lado, o aquecimento da demanda deve-se também ao aumento no poder de compra dos consumidores, em especial dos da classe C.
O vice-presidente da Faesc mostra que a melhoria nos salários se reflete principalmente no consumo dos produtos lácteos de maior valor agregado, como queijos e iogurtes. Em abril manteve-se a tendência altista iniciada em janeiro, quando os preços ao produtor começaram o ano em patamar mais elevado do que em 2009. Enquanto em janeiro do ano passado a média foi R$ 0,59, neste ano elevou-se para R$ 0,62.
O fenômeno ocorreu em todo o país: dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada indicam que, em março, houve um aumento médio de 10% em relação aos valores praticados em fevereiro. A média nacional, obtida na pesquisa realizada em sete estados, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Bahia – aponta para o valor de R$ 0,6795 por litro.
A pesquisa indica ainda que a maior alta no preço do leite ao produtor em março ocorreu em Santa Catarina, estado onde se registrou um acréscimo de 15,5% (R$ 0,092 por litro) e preço médio de R$0,6871/litro.
A segunda maior alta foi registrada no Rio Grande do Sul, com um aumento de 14,5% (R$ 0,083 por litro) no preço ao produtor, que passou a receber R$ 0,6503/ litro.
De acordo com a pesquisa, entre janeiro e fevereiro os preços em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul subiram menos do que nos demais Estados pesquisados. No Paraná, a alta foi de 9,7% (R$ 0,06 por litro) e a média ficou em R$ 0,6767/litro.