FAPRI subverte previsões sobre tendências internacionais da carne de frango brasileira
Dois anos atrás, por exemplo, o FAPRI projetou que em 2010 o Brasil estaria exportando 3,4 milhões de toneladas de carne de frango e, com incrementos contínuos ano após ano, chegaria a 2017 com um volume próximo de 3,8 milhões de toneladas, ou seja, quase 11% a mais que em 2010.
Na projeção mais recente, a previsão para 2010 aumentou cerca de 8,5%: podemos, neste ano, chegar aos 3,7 milhões de toneladas, sugere o FAPRI. Em contrapartida, esse volume poderá se tornar o recorde desta década, porque as projeções à frente são continuamente decrescentes. Como resultado, ao se aproximar de 2020 o Brasil estaria exportando volume 3,5% menor que o apontado para 2010.
É verdade que nas previsões de 2008 o FAPRI já previa que a participação do Brasil nas exportações mundiais de carne de frango decresceria no decorrer da década – de 49,3% do total em 2010 para 47,8% do total em 2017. Mas nas novas previsões esse decréscimo é muito mais profundo. E se essa participação tende a corresponder a 51,4% do total em 2010, em 2017 pode recuar para 44,8%, caindo para apenas 43,2% em 2019. Isso corresponde a uma perda de participação de 8,2 pontos percentuais em menos de uma década.
Aparentemente, não há, no “FAPRI 2010 U.S. and World Agricultural Outlook”, qualquer justificativa para a tendência de queda das exportações brasileiras ou para a reversão de expectativas em relação a projeções anteriores do próprio FAPRI.