FAPRI subverte previsões sobre tendências internacionais da carne de frango brasileira

Publicado em 26/05/2010 09:17
Quem está acostumado a só encontrar perspectivas róseas (isto é, de expansão contínua) nas exportações brasileiras de carne de frango, sem dúvida irá se surpreender com as projeções recentemente divulgadas pelo Instituto (americano) de Pesquisa de Políticas Agrícolas e Alimentares (FAPRI, na sigla em inglês). Aliás, o FAPRI subverte todas suas previsões anteriores ao prever que no final desta década o Brasil estará exportando volume de carne de frango menor que o de 2010.

Dois anos atrás, por exemplo, o FAPRI projetou que em 2010 o Brasil estaria exportando 3,4 milhões de toneladas de carne de frango e, com incrementos contínuos ano após ano, chegaria a 2017 com um volume próximo de 3,8 milhões de toneladas, ou seja, quase 11% a mais que em 2010.

Na projeção mais recente, a previsão para 2010 aumentou cerca de 8,5%: podemos, neste ano, chegar aos 3,7 milhões de toneladas, sugere o FAPRI. Em contrapartida, esse volume poderá se tornar o recorde desta década, porque as projeções à frente são continuamente decrescentes. Como resultado, ao se aproximar de 2020 o Brasil estaria exportando volume 3,5% menor que o apontado para 2010.

É verdade que nas previsões de 2008 o FAPRI já previa que a participação do Brasil nas exportações mundiais de carne de frango decresceria no decorrer da década – de 49,3% do total em 2010 para 47,8% do total em 2017. Mas nas novas previsões esse decréscimo é muito mais profundo. E se essa participação tende a corresponder a 51,4% do total em 2010, em 2017 pode recuar para 44,8%, caindo para apenas 43,2% em 2019. Isso corresponde a uma perda de participação de 8,2 pontos percentuais em menos de uma década.

Aparentemente, não há, no “FAPRI 2010 U.S. and World Agricultural Outlook”, qualquer justificativa para a tendência de queda das exportações brasileiras ou para a reversão de expectativas em relação a projeções anteriores do próprio FAPRI.

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AviSite

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