Ministério libera frango da BRF, Copacol e Rigor

Publicado em 06/08/2010 07:30
Empresas tinham sido suspensas por comercializar ave congelada com quantidade de água acima da permitida.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) liberou ontem(5) do Regime Especial de Fiscalização as três empresas que estavam impedidas de comercializar carnes de frango in natura congeladas e resfriadas. A decisão autoriza a Cooperativa Agroin­dus­trial Consolata (Copacol), de Cafelândia(PR); a BRF-Brasil Foods, de Capinzal (SC); e a Rigor Alimentos, de Jarinu (SP), a retomar imediatamente a venda de seus produtos no varejo.

As três empresas haviam sido temporariamente impedidas de comercializar cortes de frango congelados e resfriados após fiscalização do Mapa constatar que os produtos tinham água acima do permitido pela legislação. A lei permite que o frango inteiro e os cortes, vendidos em bandeja, apresentem até 6% de água por causa do processo de congelamento. Segundo o Mapa, análises feitas por fiscais federais nesses três frigoríficos no mês passado apontaram porcentuais acima do permitido.

O ministério determinou, então, que esses frigoríficos fossem submetidos ao Regime Especial de Fiscalização, que prevê a suspensão temporária da comercialização até que todo o estoque seja analisado. De acordo com nota técnica publicada no site do Mapa, a medida foi aplicada à Rigor Alimentos no dia 14 de julho, à Copacol em 21 de julho e à BRF na última segunda-feira.

As empresas autuadas só são liberadas do regime especial depois de rever seus programas de autocontrole e apresentar análises de três lotes com os padrões previstos em lei para comprovar a correção da irregularidade. Em nota divulgada ontem, o Mapa informou que análises realizadas por técnicos da pasta constataram que as três empresas que tiveram as vendas embargadas já cumpriram todas as exigências e estão aptas a retomar a venda de seus produtos.

O Mapa esclareceu que a fiscalização da quantidade de água presente na carne de frango é “um trabalho de rotina e a intenção é contribuir para a constante melhoria da qualidade dos produtos comercializados no país”. De acordo com o diretor de Inspeção de Produtos de Origem Animal do ministério, Nelmon Costa, na maior parte dos casos os frigoríficos autuados regularizam a situação em poucos dias.

Outro lado

BRF, Rigor Alimentos e Copacol negaram que as empresas comercializem produtos com água acima do permitido pela legislação. Em nota assinada pelo diretor-presidente Emílio Gonçalves Mori, a Copacol informou que “a fiscalização do estoque de produtos acabados e do processo de abate da empresa foi realizada entre 21 de julho e 4 de agosto e não foram constatadas irregularidades com relação à quantidade de água resultante do descongelamento dos produtos nas amostras analisadas”.

A Copacol informou ainda que, durante todo o período de vistoria, “a produção e o comércio de carne de frango no Brasil e exterior foram mantidos normalmente, sem ter passado por qualquer tipo de interrupção”. Apesar de não ter tido prejuízos industriais, a cooperativa teme que o embargo temporário à comercialização de seus produtos possa ter impacto negativo nas vendas de carne de frango no varejo. “Por enquanto está tudo normal, não voltou nenhuma carga. Mas mesmo que tenha sido comprovado que não houve irregularidades o consumidor acaba ficando meio em dúvida. Com certeza vai ter prejuízo”, relatou o assessor de imprensa da cooperativa.

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Fonte:
Gazeta do Povo

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