Reiniciadas as exportações de frango dos EUA para a Rússia

Publicado em 08/09/2010 11:15
Ontem, 7, o site Trading Markets confirmava que a Pilgrim’s Pride, “empresa avícola com atividades nos EUA, México e Porto Rico” (e, não foi dito, pertencente à brasileira JBS) reiniciou as exportações de carne de frango para a Rússia. Isso foi possível graças à liberação, pelo Serviço de Inspeção de Alimentos (FSIS, na sigla em inglês), dos novos certificados que, conforme exigências russas, devem doravante acompanhar o produto exportado para o mercado russo.

Já não era sem tempo – pelo menos para os exportadores norte-americanos. Pois nos oito primeiros meses do ano a Rússia, principal mercado externo dos EUA, praticamente nada importou daquele país.

Os últimos dados a respeito, vindos do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) vão até junho de 2010. E mostram que, no semestre, as importações russas ficaram resumidas a apenas 10% do volume alcançado no mesmo período de 2009. Quer dizer: caíram de 333.029 toneladas nos seis primeiros meses de 2009 para apenas 34.302 toneladas no mesmo período de 2010.

Porém, mesmo esse baixo volume foi distribuído irregularmente pelo semestre – mais exatamente, entre janeiro e fevereiro, meses em que os embarques representaram, respectivamente, 69% e 30% do total registrado em seis meses (34.178 toneladas). Ou seja: em março e abril o USDA não registra qualquer exportação para a Rússia, enquanto em maio e junho o volume embarcado não chega, sequer, às 100 toneladas/mês.

A queda nas importações russas não chega a ser novidade, pois há algum tempo o governo de Moscou implantou uma política de estímulo à produção avícola interna buscando, no médio prazo, alcançar a autossuficiência e, se possível, transformar a avicultura russa de importadora em exportadora. Mas ninguém esperava retrocesso tão brusco quanto o ocorrido em 2010 – resultado que os russos alcançaram proibindo a carne de frango higienizada com cloro.

Como, no momento, os russos enfrentam grandes dificuldades no suprimento de matérias-primas (para garantir o abastecimento interno, as exportações de grãos, especialmente as de trigo, estão suspensas até 2011), é provável que voltem a buscar o mercado internacional de carnes de forma mais ostensiva e intensiva.

Porém, mesmo isso ocorrendo, os EUA jamais recuperarão o mercado perdido ao longo dos últimos anos e sobretudo neste ano. Inclusive porque faltam agora apenas quatro meses para o encerramento de 2010.

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AviSite

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