Desempenho do frango vivo na quarta semana de outubro
Ao contrário do que ocorria historicamente no setor, não se dispõe até o momento de qualquer indicativo da atual produção de frangos (pintos alojados entre agosto e setembro). Mas frente ao comportamento do produto, é indubitável que a produção cresceu, novamente, além do que o bom senso sempre recomendou. Não fosse isso, o frango vivo não teria perdido em 30 dias, como ocorreu até agora, 10% do seu preço.
Sob esse aspecto, aliás, é bom o setor rezar (fervorosamente) para que não se repita agora o ocorrido no ano passado, quando o pior preço do ano (R$1,37/kg em setembro) foi registrado apenas três meses após o setor ter recebido aquela que foi a melhor remuneração de 2009 (R$1,88/kg em junho). E a melhor remuneração de 2010 foi alcançada, até agora, em setembro passado.
De toda forma, também pode ser que o atual momento de fraqueza de mercado da ave viva não seja decorrência de um aumento exacerbado da produção e, sim, de inesperada desestruturação da oferta. Rememore-se a propósito que, de agosto para setembro, o setor experimentou uma fase em que, devido às condições do clima, se enfrentou grande perda de produtividade. De lá para cá vieram dois “feriadões” (que afetam o consumo), enquanto a mudança do clima propiciou ganhos de produtividade “antes nunca vistos”. E, tudo isso, somado ao fato de estarmos na segunda quinzena, pode ser a causa maior da instabilidade atual.
Se assim for, o mercado pode sofrer reversão (ou, pelo menos, estabilização) no curto prazo. Nas duas últimas semanas, devido a um mercado visivelmente frágil, o frango vivo comercializado em Minas Gerais sofreu duas reduções de cinco centavos cada. Mas no último sábado, conforme a Jox Assessoria Agropecuária, os negócios naquela praça foram desenvolvidos “em ambiente firme”.
Talvez seja o início da reversão que todos estão esperando.