Outubro foi o mês da carne suína brilhar no mercado brasileiro

Publicado em 29/10/2010 07:23
Outubro foi o mês da carne suína brilhar no mercado brasileiro. De 30 de setembro a 19 de outubro, a cotação da carcaça suína comum subiu 2,7% no atacado da Grande São Paulo, enquanto as carnes concorrentes tiveram alta três vezes maior. A carcaça bovina, por exemplo, teve alta de 8,8% e o frango resfriado de 11,7%. Mais um fator que colocará a carne suína como a melhor opção de compra no varejo é o valor da arroba do boi gordo, que somente neste mês de outubro já acumulou mais de 14% de aumento e atingiu na última terça-feira o maior valor real já visto, R$ 107,60. Até esta data, o maior valor registrado foi em 11 de novembro de 1999, quando os preços atingiram a marca de R$ 106,01, segundo pesquisa Cepea.

O cenário se mostra então uma oportunidade única para os produtores e frigoríficos que comercializam a carne suína. Com a atuação do Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS) a cadeia produtiva da carne suína tem, neste momento, condições de assumir essa fatia do mercado, que em outros momentos não puderam ser atendidos. A expectativa dos coordenadores do Projeto é que neste primeiro ano de ações já será possível detectar aumento de 1kg no consumo per capita/ano, passando para 14kg. Isso já pode ser percebido não só pela alta que o quilo do suíno vem atingindo nos últimos meses, mas também pela sua permanência em índices altos.  

O estado de São Paulo é reflexo desse novo cenário. Ainda que não esteja dentro das ações do PNDS, os resultados obtidos em valores são nítidos reflexos do que têm acontecido nos cidades-pólo de consumo. No mercado paulista, a comercialização da arroba que está nos patamares de R$ 62,00 atuais, 30% acima do valor registrado em igual período do ano passado. Minas Gerais também apresenta valorização da carne suína. O valor do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio de Minas deve ser de R$ 94,7 bilhões em 2010, 8,8% maior do que em 2009 e na área animal, os maiores crescimentos foram na suinocultura e na pecuária leiteira, ambos com aproximadamente 20% de alta de faturamento.

A Bolsa de comercialização de suínos de São Paulo vendeu 8.830 suínos com preços variando entre R$ 63,00 a R$ 64,00/@, o equivalente a R$ 3,36 a R$ 3,41 o quilo do suíno vivo, respectivamente. Os dados são da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). O preço de comercialização também aumentou para os suinocultores gaúchos, a o valor máximo de comercialização do quilo do suíno vivo aumentou R$ 0,05 centavos, chegando a R$3,03. Foram vendidos 14.550 animais, com peso médio um pouco mais alto, de 110,3kg, segundo informou a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs). Em Minas Gerais, o preço do quilo do suíno se manteve estável, em R$ 3,40, segundo dados da Associação de Suinocultores da Minas Gerais (Asemg).

Declarações

“O mercado interno tem feito a diferença depois do segundo semestre. Nós tivemos um aumento real de 22,5% sobre o preço do suíno na integração, já no mercado independente foi de 28,88%, enquanto que o custo de produção foi de 7,5%, um aumento real de 15% e 21.38% respectivamente”
Losivanio de Lorenzi, presidente da ACCS

"É preciso lembrar que este momento bom que a suinocultura se encontra só existe quando a produção é igual ou menor do que a demanda de consumo, por isso, precisamos apostar e trabalhar pelo aumento de consumo e o produtor se em torno de sua associação”
Carlos Geesdorf, presidente da APS

“O preço atingido este mês de comercialização se comprado ao do ano anterior, que passávamos por período de crise, nos mostra o quanto a suinocultura vive um momento próspero. A situação atual de preços nos estados de Minas e São Paulo tem atraído suínos de outros estados, e muitos suínos do RS estão viajando em busca de preços maiores”
Valdecir Folador, presidente da Acsurs

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Suinocultura Industrial

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