Abate inspecionado de frangos evolui similarmente à produção de pintos de corte

Publicado em 29/10/2010 08:08
Os dados são absolutamente distintos entre si. Mas, contrapostos uns aos outros, apresentam grande correlação entre si, o que dá maior credibilidade às instituições por eles responsáveis. Neste caso, APINCO e IBGE. Assim, falando objetivamente:

Entre o primeiro trimestre de 2000 e o segundo trimestre de 2010 – e sem considerar os altos e baixos registrados no decorrer desses 10 anos e meio – a produção brasileira de pintos de corte (dados da APINCO) passou de 814 milhões de cabeças para cerca de 1,5 bilhão de cabeças, variação que correspondeu a um incremento de 84%.

Tal índice de crescimento não é muito diferente daquele registrado pelo IBGE em relação ao abate inspecionado de frangos (inspeção federal, estadual ou municipal), cujo número, no mesmo período, passou de 661 milhões de cabeças para 1,236 bilhão de cabeças – 87% de incremento ou três pontos percentuais a mais que o registrado com os pintos de corte.

Isso só já é suficiente para demonstrar a coerência dos dois dados – que, note-se, são levantados em situações distintas e em tempos distintos. Mas a confirmação dessa coerência aumenta quando se constata (gráfico abaixo) que as grandes variações registradas em um segmento ocorrem (simultaneamente ou quase) também no outro segmento.

Os dois exemplos mais claros disso foram registrados em 2006 e 2009, duas ocasiões em que tanto a produção de pintos de corte como o abate de frangos registram significativa baixa. Por quê? O primeiro momento (2006) coincide com a crise decorrente da Influenza Aviária. E o segundo (2009) retrata os efeitos da crise econômica mundial sobre o setor.

Ainda assim se observa, no decorrer do tempo, um afastamento entre as duas linhas, o abate inspecionado evoluindo ligeiramente acima da produção de pintos de corte. Tanto que a relação entre cabeças de frangos e de pintos, que havia ficado em 81% em 2000, subiu para mais de 83% no segundo trimestre de 2010.

Mas também isso não significa defasagem de um ou outro número, apenas confirma uma tendência lógica: a do aumento paulatino do abate de frangos sob algum tipo de inspeção. Resultado, claro, da preocupação oficial com a saúde pública. Mas decorrência, também, da exigência do consumidor.

Fonte: AviSite

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