Desempenho do frango na segunda semana de novembro

Publicado em 16/11/2010 10:32
Na segunda semana de novembro o frango vivo comercializado no interior paulista recuperou a metade dos trinta centavos que começou a perder 50 dias atrás, quando a cotação do produto estava em R$2,00/kg - maior valor alcançado neste ano e recorde nominal de todos os tempos. Dessa forma, encerrou a primeira quinzena do mês negociado a R$1,85/kg, valor 19,35% superior ao vigente há um ano, mas ainda 2,63% inferior ao praticado 30 dias atrás, ocasião em que o preço, então em queda, já havia retrocedido para R$1,90/kg.

Em função do desempenho registrado na semana, a média alcançada nos primeiros quinze dias do mês subiu para R$1,76/kg e, mesmo permanecendo mais de 4% abaixo da média do mês anterior (e quase 9% aquém da média registrada em setembro passado), corresponde agora ao terceiro melhor resultado dos últimos 13 meses, além de se encontrar 14,71% acima do valor médio alcançado em novembro de 2009. Ótimo, não?

Nem um pouco. Porque um ano atrás, neste mesmo novembro, o frango vivo registrou um dos piores desempenhos de 2009. Contraditoriamente, alcançou no mês preço médio 11,64% inferior ao de novembro de 2008, época em que o mundo permanecia perplexo ante a eclosão de uma crise econômica sem precedentes no mundo moderno. Assim, a média registrada na primeira quinzena de novembro corrente está apenas 2 centavos (repetindo, por extenso: dois centavos) acima da média observada 24 meses atrás (R$1,74/kg em novembro de 2008). E isso, convenhamos, não é nenhuma vantagem, até pelo contrário.

Mas não é só, pois, afinal, nenhum mal vem sozinho. E o mal, aqui, está no principal insumo de produção do frango, o milho, cujo preço em novembro de 2008 estava em R$20,00/saca e agora alcança valor já próximo de R$30,00/saca. Ou seja: enquanto o frango vivo obteve, nesses dois anos, valorização (?) de pouco mais de 1% (de R$1,74/kg para R$1,76/kg), o milho registra variação não muito distante dos 50%.

A propósito, a situação do frango abatido é um pouco “menos pior” que a do frango vivo. Porque em relação ao que foi recebido dois anos atrás, os preços atuais são cerca de 15% superiores. Mesmo assim, portanto, a evolução de preços do produto continua visivelmente aquém da evolução do custo de produção.

E ainda há quem diga que o frango vive um bom momento.

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Fonte:
AviSite

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