Exportação de frango supera US$ 6 bi

Publicado em 10/12/2010 06:43
O Brasil deve fechar o ano com exportações de 3,830 milhões de toneladas de carne de frango, 6% mais do que em 2009, estima a União Brasileira de Avicultura (Ubabef). Para a receita, a previsão é alcançar US$ 6,830 bilhões, 18,5% acima do ano passado, segundo Francisco Turra, presidente da Ubabef.

As projeções se baseiam no desempenho até o mês passado. De janeiro a novembro, as vendas externas somaram 3,5 milhões de toneladas, 5,6% mais que em igual intervalo de 2009. Na mesma comparação, a receita aumentou 17,4%, para US$ 6,187 bilhões.

Os números consolidam o Brasil na posição de maior exportador mundial, segundo a Ubabef, à frente dos EUA, que devem fechar o ano com embarques de cerca de 3 milhões de toneladas. A previsão citada pela Ubabef é do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) e mostra queda de 5% sobre o ano de 2009.

Só em novembro, o Brasil exportou 319,8 mil toneladas, aumento de 19,1% sobre o mesmo mês de 2009. A receita cresceu 32,5%, para US$ 620,5 milhões.

Para o ano que vem, a expectativa é de aumento de 3% a 5% nos volumes exportados, disse Turra. Ele observou que, apesar do impacto do real valorizado, a demanda é forte e os estoques nos países importadores são baixos. Depois de reduzir os volumes por causa da crise financeira mundial, os países estão recompondo seus estoques, segundo Turra.

O dirigente destacou o aumento do consumo de carne de frango no mercado interno, que a Conab estima em 44 quilos, reflexo da alta da carne bovina, que fez o consumidor migrar para o frango. "Houve aumento de 10% na produção nacional de frango, mas o mercado interno absorveu", afirmou.

Sinal disso é o comportamento dos preços do frango no mercado doméstico. Ontem, a ave viva atingiu R$ 2,10 por quilo no interior de São Paulo, segundo a Jox Assessoria Agropecuária. Trata-se de um valor nominal recorde. Na quarta-feira, já tinha sido recorde, com R$ 2,05. No começo do ano, o quilo estava em R$ 1,60, conforme a Jox.

Francisco Turra acredita que a demanda deve seguir firme aqui e no exterior. E avalia que há espaço para elevar os preços na exportação. "Há necessidade de abastecer o mercado doméstico e há mais demanda lá fora. Com o câmbio baixo, existe um cenário positivo para recuperar preços lá fora", afirmou o presidente da Ubabef.

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Fonte:
Valor Econômico

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