Paraná prevê novo recorde na produção de frangos este ano

Publicado em 26/01/2011 06:38
Além de uma produção 5,6% maior em 2010, o estado obteve recordes no volume e em sua receita cambial com as exportações de frango. Meta é alcançar SC.
Com a previsão de aumentar a produção de frangos em até 10% este ano, o Paraná, que já é o maior estado produtor do Brasil, pretende apostar principalmente nas vendas do mercado interno. O setor está tão otimista que além do incremento aguardado na produção, espera se tornar o maior exportador do País em relação aos volumes embarcados, e deixar o Estado de Santa Catarina na segunda posição.

Em 2010, o Paraná também atingiu novo recorde na produção de frangos, no acumulado do ano chegou a 1,328 bilhão de aves abatidas, produção 5,6% maior do que em 2009, quando o abate acumulado foi de 1,257 bilhão de cabeças. Segundo Domingos Martins, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), o estado está colhendo os resultados de um bom planejamento de crescimento no setor avícola. "O Paraná é líder na produção nacional de frangos, estamos alojando mais de 110 milhões de aves por mês. Houve também crescimento do mercado interno e a tendência é que ele se fortaleça cada vez mais. Temos expectativa de crescimento constante até 2020", garantiu Martins.

Para este ano, o presidente prevê, além de um crescimento de até 10% na produção paranaense, a abertura de mais duas ou três unidades de produção de frangos novas, e a entrada em operação de outras três unidades já construídas. "Queremos nos fortalecer ainda mais no mercado interno brasileiro, que é muito bom. Para isso prevemos a abertura de mais três novas fábricas sem contar as que já estão em fase de entrega como a unidade do Big Frango, a Cocari também deve começar este ano, e a ampliação da planta da Copacol", afirmou.

Apesar do bom momento vivido pelo estado, Martins acredita que os bons preços pagos ao produtor no ano passado devem se manter esse ano, entretanto a rentabilidade deve ser menor, dado principalmente ao aumento dos preços do milho e da soja, usados na alimentação dos animais. "Nos últimos meses vimos um aumento no preço das commodities que não esperávamos. Com isso, teremos uma rentabilidade menor neste ano, mas nada que abale o mercado. O melhor é que não repassaremos esse aumento imediatamente, mesmo porque o mercado pode não aceitar, e diminuir as vendas", frisou.

Outro bom resultado obtido pelo estado paranaense em 2010, foi em relação as exportações, que atingiram a marca recorde de 1,001 milhão de toneladas, ante as 954 mil toneladas registradas em 2009, que representa um incremento de 5% no volume embarcado. Com esse volume, o Paraná contribuiu com 26% das exportações brasileiras de frango de corte no ano, que totalizaram 3,82 milhões de toneladas. De acordo com Martins, a forte presença das indústrias avícolas paranaenses no exterior demonstra a sua capacidade de se adaptar às diversas exigências de sanidade e qualidade impostas pelos destinos.

Para este ano o sindicato espera não só aumentar de 5% a 10% o volume de exportações, como pretende se tornar o maior estado exportador do Brasil, posição atualmente ocupada por Santa Catarina, que embarcou 1,022 milhões de toneladas no ano passado. "Que vamos ultrapassar Santa Catarina no volume de exportações este ano, não tenho dúvidas, porque as indústrias deles estão estagnadas e não há crescimento, e no Paraná existe. A briga por isso está cabeça a cabeça", comemorou Martins.

Em termos de receita cambial o Paraná também superou a própria marca obtida em 2008. Ao todo o estado exportou US$ 1,695 bilhão, contra os US$ 1,472 bilhão de 2009 e US$ 1,622 em 2008. "Em receita prevemos um crescimento de 10% este ano, entretanto esse montante ainda não será superior às receitas vistas em Santa Catarina, que agrega mais valor ao seu frango", disse.

Segundo Martins em 2011 o estado continuará apostando em mercados do continente africano, leste europeu e Ásia. "A China ainda é uma expectativa, hoje já exportamos para eles, mas não o volume que desejávamos e nem no volume que eles necessitam. Imagina se eles passassem dos 12 quilos por pessoa/ano para 13 quilos, isso representaria mais do que a produção mensal brasileira. E o Brasil precisa estar preparado para suprir essa demanda". Hoje o estado exporta a carne de frango para mais de 120 países.

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Fonte:
DCI

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