Calor excessivo prejudica produção de leite e de maracujá no ES
Sol que não dá trégua, para refrescar só mesmo muita água, até nos animais. Uma forma que o produtor de leite Edino Tófano encontrou para tratar do gado nesse calorão. “Eu dou um banho para refrescar e estou tratando. O pasto está fraco, hoje não tenho capim, então tenho que tratar”.
A lagoa está secando e a produção caindo. "Já caiu uns 15% ao dia", disse Edino.
Desde dezembro não chove regularmente na região. “O produtor já se preparou com a irrigação, só que agora vai ter que conseguir armazenar água para passar esse período. Os reservatórios já estão baixos e se prolongar por mais tempo, vai consumir água dos reservatórios e quando chegar o inverno, não vai ter água porque ela foi gasta em uma época que seria de armazenamento”, explicou Paulo Schauders, agrônomo do Incaper.
Em outra propriedade, as lavouras de café e maracujá também precisam de água para resistir. “É uma média de 240, a cada 16 horas, a bomba puxa 240 mil litros de água e espalha na roça. Eu tenho duas bombas”, comentou o agricultor Edson Sena.
O problema é que nem toda a irrigação dá jeito na lavoura. O maracujá que era uma flor está completamente seco. E não é só a flor que sofre, o fruto também. Muitos já estão completamente estragados, todos secos. Outros parecem verdes, só que olhando mais de perto, vê-se que as manchas são queimaduras do sol.
Essa situação deve se estender por mais alguns dias. O canal de umidade que se formou sobre o país continua estacionado na região sul e na faixa oeste do Brasil.