Influenza: maior número de casos e detecção abaixo do Equador preocupam

Publicado em 24/03/2011 09:23
Nos primeiros 75 dias de 2011 – ou seja, até o dia 16 de março passado – a Organização Mundial de Saúde (OMS) computou a ocorrência de 18 infecções humanas pelo vírus H5N1 da Influenza Aviária. Dez deles resultaram na morte dos pacientes afetados.

Ainda que elevado (56%) o índice de letalidade observado é inferior ao registrado entre 2006 e 2008, anos em que os casos fatais variaram de um mínimo de 67% a até 75% dos pacientes afetados (os 100% de 2003 não são referência, pois, então – ano de surgimento da doença – só foram avaliados os casos fatais).

Apesar, no entanto, da letalidade aparentemente menor, a Influenza Aviária volta a ser preocupação da OMS e de toda a comunidade médica internacional. Porque os dez casos fatais registrados nos primeiros dois meses e meio de 2011 correspondem a 42% do total de casos fatais notificados à OMS no ano passado.

É verdade que, com o fim do inverno no hemisfério norte, há uma tendência natural de redução dos casos da doença. Mas isso pode não ocorrer desta vez, porquanto há certo relaxamento, generalizado, em relação à prevenção da doença. Tanto que o número de mortes nos primeiros 75 dias de 2011 já é pelo menos 40% superior ao de idêntico período de 2010. Isto, apesar de o número total de infecções humanas ter sofrido redução de 15%.

A mesma situação se repete na área animal. Ou, mais especificamente, na avicultura. Um ano atrás, até meados de março, os casos de Influenza Aviária pelo vírus H5N1 se resumiam, praticamente, ao Nepal, Bangladesh e Vietnã. Em 2011, a doença persiste nesses países, mas atinge também – e de maneira intensiva – Coreia do Sul, Japão, Índia, Bangladesh, Camboja e até Israel e os Territórios Palestinos (nesta semana a doença foi detectada também em Taiwan; mas trata-se de vírus menos virulento, o H5N2).

Porém, nesse cenário nada animador, o que mais preocupa no momento é o fato de um vírus da Influenza Aviária (embora de baixa patogenicidade) ter sido isolado em local significativamente abaixo da linha do Equador ou, mais exatamente, em país cortado pelo Trópico de Capricórnio – a Austrália. E o que mais chama a atenção, no caso, é que essa é a primeira vez no atual ciclo da doença que se detecta a presença do vírus a tão grande distância da linha do Equador.

Sem alarde, mas como alerta: o mesmo Trópico de Capricórnio que corta a Austrália corta também o Brasil, passando pelos estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.

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AviSite

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