Preço do suíno sobe e traz alívio aos criadores do Rio Grande do Sul
Ilânio Jonher tem uma granja com 500 animais no município de Cruzeiro do Sul, região central do Rio Grande do Sul. Ele trabalha no sistema independente, ou seja, assume todos os custos da atividade. Ele conta que recebeu uma boa notícia este mês com a alta no preço do suíno. “Entramos em 2011 com um estoque menor de animais. Com isso, felizmente, a gente consegue dar a volta por cima”.
O preço que ele recebe pelo quilo do animal vivo subiu agora em março. De R$ 2,15 passou para R$ 2,40. O motivo, segundo os criadores, foi a redução dos estoques de carne no mercado.
Os estoques baixos são resultado da antecipação nos abates no final do ano passado. Como o preço do milho, principal ingrediente da ração está bastante elevado, muitos criadores, não do Rio grande do Sul, mas de outras regiões do país, resolveram vender os porcos mais cedo e economizar na ração. O resultado está sendo visto agora com a reação dos preços.
Os criadores dizem, no entanto, que o reajuste no preço da carne ainda não cobre os custos de produção. Segundo a Associação dos Criadores do Rio Grande do Sul, o custo hoje é de R$ 2,70 o quilo, mas há esperança de melhora nos próximos meses. “A partir de abril, quando entrar o frio, também há possibilidade de aumentar o consumo da carne suína e aí os preços, certamente, vão melhorar outra vez”, disse Ilânio.